Complicações relacionadas à lobectomia no doador para transplante pulmonar intervivos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Camargo, Spencer Marcantônio
Orientador(a): Moreira, José da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/26145
Resumo: Introdução: O transplante pulmonar tem sido limitado pela escassez de doadores cadavéricos adequados. O transplante pulmonar lobar, utilizando doadores vivos, apresenta-se como uma alternativa para minimizar a mortalidade em lista de espera. Entretanto, este procedimento coloca dois indivíduos saudáveis sob os riscos de uma lobectomia em benefício de um receptor. Objetivo: Avaliar as complicações cirúrgicas no pós-operatório imediato (0-30 dias) de 32 doadores vivos de lobos pulmonares para transplante e a função pulmonar após 30 dias. Métodos: Entre setembro de 1999 e maio de 2005 foram realizadas lobectomias em 32 doadores saudáveis para transplante pulmonar em 16 receptores. Os prontuários médicos destes doadores foram analisados retrospectivamente para verificar a incidência de complicações pós-operatórias e as alterações da função pulmonar pré e pós a lobectomia. Resultados : Vinte doadores (62,5%) não apresentaram complicações. Entre aqueles que apresentaram alguma complicação (n=12) o derrame pleural foi mais freqüente, ocorrendo em 5 deles (15,6%). Três doadores (9,3%) necessitaram de transfusão de sangue e, em dois casos (6,25%), foi necessária nova intervenção cirúrgica por hemotórax. Um doador apresentou pneumotórax após a retirada do dreno de tórax e houve um caso de infecção respiratória. Ocorreram duas complicações intra-operatórias (6,25%): em um doador foi realizada broncoplastia do lobo médio; em outro, foi necessária a ressecção da língula. Não houve mortalidade cirúrgica nesta série. As provas de função pulmonar do pós-operatório demonstraram uma redução média de 17,0% no VEF1 (P<000,1), em comparação com os valores verificados antes da cirurgia. Conclusão: Não houve mortalidade cirúrgica nos primeiros 30 dias após a lobectomia para transplante pulmonar utilizando doadores vivos e os riscos operatórios associados com a lobectomia do doador são semelhantes àqueles observados nas ressecções pulmonares usuais. Um cuidadoso preparo préoperatório é necessário para reduzir a incidência de complicações dos doadores vivos em transplante pulmonar.