Viabilidade da pnemonectomia direita em cães (Canis falimilaris): uma avaliação paramétrica, hemogasométrica, ecocardiográfica, radiográfica, broncoscópica e da mecânica respiratória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Simões, Edson Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-14042008-132446/
Resumo: Em cães, a comprovação da real viabilidade da pneumonectomia direita, bem como, o estudo das complicações resultantes deste procedimento cirúrgico, tornam-se importantes diante da pequena quantidade de estudos na literatura específicos sobre pneumonectomia nesta espécie. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo experimental para avaliar a viabilidade da pneumonectomia direita em cães, através da avaliação paramétrica, hemogasométrica, ecocardiográfica, radiográfica, broncoscópica e da mecânica respiratória. Foram utilizados 10 cães, sadios, machos e fêmeas, adultos, sem raça definida, pesando entre 13 e 32 kg. Todos os cães foram submetidos à intubação seletiva e toracotomia direita no 5º espaço intercostal, onde foi realizada a pneumonectomia. Foi realizado estudo temporal aos sete, 30 e 60 dias de pós-operatório, onde foi feita avaliação ecocardiográfica, radiográfica e broncoscópica. A avaliação paramétrica e hemogasométrica foi realizada antes da indução anestésica, uma hora após extubação, 48 horas, sete, 30 e 60 dias após o procedimento cirúrgico. A avaliação da mecânica respiratória foi realizada antes da indução anestésica, durante a cirurgia, 48 horas, sete, 30 e 60 dias após o procedimento cirúrgico. Estas avaliações foram consideradas importantes para determinar as possíveis complicações relacionadas com a técnica anestésica, cirúrgica, assim como, as complicações resultantes deste procedimento cirúrgico. Os resultados encontrados foram analisados estatisticamente. Apesar das alterações dos índices paramétricos, hemogasométricos e da mecânica respiratória, todos os cães apresentaram compensação das trocas gasosas após retirada do pulmão direito. Em relação a avaliação da mecânica respiratória, os volumes pulmonares não se modificam de maneira acentuada. Ocorreu aumento das pressões de pico e resistência das vias aéreas devido ao emprego da sonda de duplo lúmen e ressecção pulmonar. Não houve diferença significativamente estatística nos níveis da pressão sistólica e média no tronco pulmonar. Entretanto, alguns cães apresentaram hipertensão pulmonar leve e transitória, sendo que o período de maior incidência foi aos 30 dias de pós-operatório. A fração de ejeção do ventrículo direito manteve-se normal durante o estudo. No entanto, nos mesmos cães que apresentaram hipertensão pulmonar, houve diminuição significativa da fração de ejeção do ventrículo direito aos 60 dias de pós-operatório. Na avaliação radiográfica, observamos que a expansão do pulmão remanescente causou deslocamento do coração e pulmão para hemitórax direito. Nas imagens broncoscópicas pós-operatórias não foram observadas quaisquer sinais de infecção, deiscência, fístula e estenose da sutura em coto brônquico. Concluiu-se que a realização da pneumonectomia direita é plenamente viável no cão, permitindo evolução paramétrica, hemogasométrica, ecocardiográfica, radiográfica, broncoscópica e da mecânica respiratória satisfatória em todos os cães.