Política de diabolização das juventudes : educação, mídia e subjetividade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lacerda, Miriam Pires Corrêa de
Orientador(a): Folberg, Maria Nestrovsky
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197265
Resumo: A presente Tese de Doutorado em Educação situa-se no conjunto das investigações que têm, na atualidade, se dedicado à problemática da produção de novas formas de subjetivação. Objetiva-se problematizar discursos, produzidos e postos em circulação através de textos exemplares de certa mídia impressa que diabolizam a juventude. Partindo-se do pressuposto que os discursos midiáticos produzem efeitos e interferem nos modos de ser, de agir e de narrar os jovens busca-se analisar nos discursos de pais, professores e alunos elementos que, na hipótese desse estudo, possam ser representativos de uma política de linguagem que produz a diabolização das juventudes para esse estudo, uma estratégia política da linguagem que tenta fixá-las em um quadro identitário. Tal quadro, aparentemente imóvel, ao mesmo tempo aplaca o desconforto com a evidência da nossa vulnerabilidade e remete as formas emergentes de existência para um plano de transcendência inacessível, justificando nossa desistência de convívio, jogo e risco. Acreditando-se que a relação com os textos suscita um espaço agonístico onde proliferam sentidos sobre as juventudes, espera-se contribuir para que, a partir da garantia de espaços de reflexão e de discussão dos regimes de verdades que regulam a produção de tais discursos, se possa reconhecer a diversidade dos modos de existir como jovem, no mundo contemporâneo. Destaca-se que, entre outras razões, o investimento aqui proposto poderá oferecer elementos que contribuam para a desconstrução de um sentido universal de juventude, ainda hoje presente na escola.