Os efeitos moleculares e biológicos da cisplatina em Drosophila

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mombach, Daniela Moreira
Orientador(a): Loreto, Élgion Lúcio da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250273
Resumo: A Cisplatina é amplamente usada em tratamentos para o câncer e é um dos melhores agentes citostáticos disponíveis para terapia antitumoral. Drosophila melanogaster tem uma das melhores anotações de genoma e de sequências de Elementos Transponíveis (TEs). O organismo-modelo é útil para analisar o modo de ação de diversos compostos in vivo e avaliar as consequências biológicas e comportamentais dos tratamentos. O objetivo do nosso estudo foi ampliar o conhecimento dos efeitos da Cisplatina em Drosophila através do sequenciamento de RNA (RNA-seq) juntamente com ensaios biológicos. O RNA-seq foi seguido por análises de expressão diferencial de genes (DEGs) e TEs (DETEs) e de vias e termos de ontologia. Os DETEs foram confirmados por qPCR. A Cisplatina foi avaliada a 50 e 100 μg/mL no meio de cultivo de Drosophila por 24 h. As análises de locomoção, sobrevivência, oviposição e desenvolvimento foram usadas como ensaios biológicos. A Cisplatina induz DEGs de forma dose-dependente e quatro TEs foram up-regulados. A maioria dos DEGs está ligada a dano de DNA e processos de detoxificação. A Cisplatina aumenta a atividade locomotora de Drosophila e interrompe o desenvolvimento. Genes e processos relacionados aos ensaios também foram identificados. Esse é o primeiro estudo a avaliar os efeitos da Cisplatina em moscas usando RNA-seq de nosso conhecimento. A alteração na expressão gênica foi limitada, preponderantemente, ao metabolismo de droga e de dano ao DNA, a droga aparenta não afetar amplamente a Drosophila na parte molecular. Ao contrário da hipótese de que o estresse altera dramaticamente a mobilização de TEs, apenas quatro foram up-regulados. O nosso estudo, juntamente com o conhecimento prévio, confirma a Drosophila como um organismo de relevância para o estudo com quimioterápicos.