Agentes estressores e a mobilização somática dos elementos de transposição em Drosophila

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Stoffel, Tailini Jordana Reinehr
Orientador(a): Loreto, Élgion Lúcio da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212077
Resumo: Elementos transponíveis (TEs) são sequências móveis dos genomas que podem se transpor tanto em células germinativas, quanto em células somáticas, mecanismo conhecido como transposição. A transposição pode causar diversos efeitos nos genomas hospedeiros, que podem ser benéficos, como contribuir para a diversificação do material genético, ou podem ser negativos e, no caso da transposição somática (TS), pode levar inclusive ao desenvolvimento de câncer. Ao longo dos últimos anos, evidências da ativação de TEs por agentes estressores, como em resposta ao choque térmico e à exposição a agentes citotóxicos têm se acumulado em diversos organismos. O elemento mariner-Mos1 de Drosophila promove a transposição em células somáticas e é um excelente modelo para estudos relacionados às consequências biológicas da TS. Nessa tese, o objetivo geral foi verificar se ocorre a ativação de TEs, em especial mariner-Mos1, em Drosophila simulans e Drosophila melanogaster expostas a diferentes agentes estressores – temperatura e alguns quimioterápicos (ciclofosfamida, cisplatina, dacarbazina e daunorubicina). Verificamos que a excisão somática (ES) de mariner-Mos1 se acumula durante o ciclo de vida de Drosophila, mas não é constante durante todo desenvolvimento. Além disso, os diferentes estágios do desenvolvimento não são impactados de maneira semelhante pelo estresse térmico. Verificamos ainda que a ES pode ser prejudicial, conforme sugerido pela correlação entre o nível de ES e redução de atividades comportamentais e viabilidade embrionária. Os tratamentos com a ciclofosfamida (CPA) alteraram os padrões de transcrição de alguns TEs, mas não de mariner. Além disso, a CPA afetou genes envolvidos em várias funções biológicas, em particular, o tratamento agudo promoveu uma redução na expressão de genes envolvidos com os constituintes estruturais da mitocôndria, induzindo uma disfunção mitocondrial. Observamos também uma diferença significativa na expressão relativa de mariner nas moscas tratadas com a cisplatina. O mesmo não foi observado para os tratamentos com a dacarbazina. Já os experimentos com a daunorubicina estão em andamento.