Elementos transponíveis e o envelhecimento: excisão e inserção de mariner em Drosophila simulans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cancian, Mariana
Orientador(a): Loreto, Élgion Lúcio da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250443
Resumo: Elementos transponíveis (TEs) são sequências de DNA capazes de mudar de posição no genoma ou entre genomas. Ao mobilizarem-se, são responsáveis por gerar diversos impactos às células. Dentre eles, os TEs podem gerar instabilidade genômica, induzindo quebras cromossômicas, interrompendo genes, bem como estarem relacionados a doenças e ao envelhecimento. Vários estudos sugerem maior mobilidade de TEs ao longo do envelhecimento dos indivíduos, muito devido ao menor silenciamento dos TEs e alteração do estado da cromatina, podendo interferir e acelerar o envelhecimento e o aparecimento de doenças relacionadas a idade. Analisou-se se drosófilas senescentes apresentam uma maior taxa de transposição - excisão e inserção – do elemento mariner em relação às mais jovens a 20 e 28oC. Além disso, verificou-se se os elementos mariner excisados inserem-se em novos sítios de inserção. Ademais, desenvolveu-se uma metodologia de análise nova, utilizando bioinformática, para verificar as inserções. Por fim, utilizou-se Dolutegravir (DTG), uma droga capaz de silenciar mariner, para tratar as moscas durante o envelhecimento buscando aumentar a expectativa de vida. Utilizou-se como organismo modelo Drosophila simulans Wpch teste, que possui duas cópias de mariner, sendo a cópia peach não-autonônoma inserida no gene white, responsável pela mutação. Essa mutação altera a coloração dos olhos das moscas para pêssego e a reversão da mutação produz fenótipo mosaico. Além disso, a cópia peach é capaz de mobilizar-se por transposases da cópia autônoma mos1, que é ativada por temperaturas mais altas. A taxa de excisão foi medida utilizando-se mosaicismo do gene white através de RT- qPCR, comparando moscas jovens e senescentes. Para inserção, utilizou-se sequenciamento de fragmentos upstream e downstream ao TE afim de localizar o elemento em moscas jovens e senescentes. Para tal, foi realizada extração de DNA, clivagem, ligação de adaptadores e PCR em moscas jovens e senescentes nas duas temperaturas. Encontrou-se uma maior taxa de excisão de mariner proporcionalmente ao aumento de idade e temperatura, indicando a ocorrência de um acúmulo de transposição somática. Para inserção, sugere-se uma mudança de posições dos elementos tanto em jovens a 20 e 28oC, como em moscas senescentes quando comparadas as jovens nas duas temperaturas. Entretanto, não foi possível determinar as relações envelhecimento-inserção somática e temperatura-inserção somática devido a uma taxa de inserção somática muitas vezes maior do que o hipotetizado, implicando em uma cobertura de sequenciamento insuficiente. Por fim, o tratamento com DTG, capaz de diminuir a mobilização somática de mariner, não foi suficiente para prolongar a expectativa de vida das drosófilas.