Marcadores clínicos e inflamatórios preditores de fracasso terapêutico em pneumonia adquirida na comunidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Cavalcanti, Manuela Araújo de Nóbrega
Orientador(a): Teixeira, Paulo Jose Zimermann, Silva, Jorge Luiz Pereira e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/18509
Resumo: Racional: Aproximadamente um de cada cinco pacientes hospitalizados por pneumonia adquirida na comunidade (PAC) apresenta uma resposta clínica inadequada, sendo a mortalidade nestes pacientes de 40%. Os objetivos do estudo foram: determinar a incidência e as variáveis de associação independente com fracasso terapêutico da PAC, e os fatores prognósticos da PAC tratada em ambiente hospitalar. Métodos: Estudo de coorte, prospectivo, multicêntrico, com 425 pacientes hospitalizados por PAC. Os pacientes foram acompanhados de forma sistemática para identificação do fracasso terapêutico e seguidos até a alta hospitalar. Resultados: A incidência de fracasso terapêutico foi de 14,6% (62/425). Os preditores independentes de risco para o fracasso foram: insuficiência renal aguda à admissão (OR 2,9; IC 95% 1,2-7,2; p=0,017), progressão radiológica (OR 29,8; IC 95 8,1-109,7%; p<0,001), derrame pleural (OR 3,4; IC 95% 1,3-8,6; p=0,010), relação PaO2/FiO2 inferior a 250 à admissão (OR 2,7; IC 95% 1,1-6,7; p=0,017) e PSI classe V (OR 2,7; IC 95% 1,1-7,0; p=0,042). A mortalidade geral foi de 7,5%, e de 40,3% nos pacientes com fracasso. O fracasso terapêutico foi o principal fator independente de mortalidade na PAC (OR 85,3, IC 95% 18,8-387,4, p<0,0001). Conclusão: O fracasso terapêutico da PAC é freqüente, está associado a marcadores clínicos, radiológicos e laboratoriais identificáveis desde a admissão hospitalar (ou nos primeiros dias de acompanhamento), sendo o principal preditor independente de mortalidade.