Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Payano, Matilde Peguero |
Orientador(a): |
Dourado, Maria Inês Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, como requisito parcial para obtenção do grau de Doutora em Saúde Pública.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11156
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Resumo: |
Segundo a Organização Mundial da Saúde, as infecções respiratórias agudas das vias inferiores (IRAVIs)constituem as principais causas de morbidade e mortalidade em crianças menores de cinco anos de idade no mundo. Dos atendimentos ambulatoriais em pediatria, entre 40 a 60% são devidos a IRAVIs. Nos países de renda baixa são a primeira causa de morte. Das IRAVIs a pneumonia (PN) é a mais frequente. É responsável por 18% do total de morte nesta faixa etária. Aproximadamente 99% dos casos ocorrem nos países de baixa renda. Uma parcela importante da PN pode ser prevenida pelo uso da vacina contra o Hib. OBJETIVO. Estudar a ocorrência da PN em crianças menores de cinco anos. METODO. Trata-se de um estudo de caso-controle pareado por idade e vizinhança. Os casos (n=527) foram crianças de 6 até 47 meses de idade hospitalizadas por IRAVIs, de junho 2006 até maio 2008, nos principais hospitais da rede do SUS em Salvador. Os controles (n=1.045) foram crianças da comunidade da mesma idade do que o caso (mais/menos 6 meses do que o caso). Os dados foram submetidos à análise bivariada e multivariada por meio de regressão logística condicional. A análise foi feita usando STATA V.10. RESULTADOS. Os determinantes sociais em saúde modelam o caminho causal das IRAVIs em crianças menores de cinco anos e incluem fatores socioeconômicos, médio ambiente e fatores individuais. Na população estudada, a média e mediana de idade foi de 19 e16 meses respectivamente. Foram encontrados como fatores de risco: ter mãe empregada (OR 1,34 IC95% 1,06 1,69), morar em casa construída de material inapropriado (OR 2,38 IC95% 1,23 4,62), freqüentar a creche (OR 2,12 IC95% 1,49 3,01), o fumo da mãe durante a gravidez (OR 2,02 IC95% 1,42 2,89) e a prematuridade (OR 2,15 IC95% 1,28 3,63). O fato de ter mãe empregada contribui com 9% da ocorrência de IRAVIs (PAF 9%), seguido de freqüentar creche (PAF 8%), fumo da mãe durante a gravidez (PAF 7%), entanto que a construção de casa de material inapropriado e a prematuridade 3% cada (PAF 3%). A efetividade da vacina contra o Hib na redução de internações devida a PN foi de 3% (OR 0.97 IC 95% 0,71 1,37). CONCLUSÃO. Os fatores de risco para IRAVIs na população estudada estão ligada as condições de vida da família. A vacina conjugada contra o Hib, sob condições de aplicação do calendário regular de vacinação do SUS, mostra evidencias inconclusas relativo ao efeito protetor na prevenção de internações devida a PN em crianças de 6 até 47 meses de idade em Salvador, provavelmente devido ao efeito da vacina na eliminação de portadores do Hib. |