Performances de gênero e ruralidades : acompanhando uma rede agroecológica de Canguçu – RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Wille, Rosemeri Völz
Orientador(a): Silva, Rosane Azevedo Neves da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213017
Resumo: A temática ambiental vem ganhando visibilidade nas últimas décadas. A crise dos chamados recursos naturais suscitou a criação e retomada de práticas entendidas como mais favoráveis ao meio ambiente nos modos de fazer agricultura. Entre essas práticas, estão as conhecidas como de base ecológica ou agroecológicas, que diferem do que comumente se chama convencional em agricultura. Cada um desses modos de fazer agricultura, articula uma rede de atores específica. Estes atores, humanos e não humanos, mobilizam práticas e produzem performances de ruralidades e gênero. Nesse sentido, a partir da articulação das proposições da Teoria Ator-Rede, do conceito de performance e do diálogo com autoras e autores que abordam as ruralidades e a crítica à colonialidade do projeto desenvolvimentista moderno, busca-se traçar reflexões situadas que possibilitem o engajamento da Psicologia com os diversos modos de vida. O trabalho discute as questões de gênero em ruralidades, problematizando algumas afirmações dos movimentos que pautam questões ambientais e as ações destas afirmações na rede, e investiga as práticas heterogêneas que performam gênero em um grupo agroecológico situado no município de Canguçu – RS. Para isso, foram realizados contrastes entre práticas agrícolas agroecológicas e práticas agrícolas convencionais, que possibilitam perceber as redes distintas que performam cada um dos tipos de fazer agricultura, bem como, a recusa de alguns atores não humanos e inserção de outros, o que modifica a organização das propriedades, as relações e os compartilhamentos entre mulheres e homens do grupo. Estas reorganizações, simultaneamente, expandem as controvérsias e as possibilidades dos atores na rede, desestabilizando papéis em alguns âmbitos, mas também reforçando estabilizações em outros.