Transição agroecológica em Rondônia : a Associação dos Produtores Alternativos de Ouro Preto do Oeste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Quoos, Rodrigo Diego
Orientador(a): Dal Soglio, Fabio Kessler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
APA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/36383
Resumo: A colonização da fronteira agrícola amazônica no estado de Rondônia foi acelerada nas décadas de 1960 e 1970. Este movimento favoreceu a consolidação da modernização da agricultura, processo pelo qual passava o sul e o sudeste do país. A agricultura praticada por milhares de migrantes, consistiu em derrubar e queimar a floresta que existia, deixando a região com um grande passivo ambiental em decorrência das práticas predatórias. Os movimentos sociais rurais juntamente com o apoio da igreja católica inseriram nas comunidades o debate da diversificação produtiva como alternativa ao sistema de monocultivos que se implantava na região. Com este cenário foi criada a Associação dos Produtores Alternativos em Ouro Preto do Oeste, que teve um trabalho diferenciado para a promoção da agricultura familiar e ecológica dentro do estado, vindo a encerrar as atividades em 2007. Utilizando-se do arcabouço teórico-metodológico da Perspectiva Orientada aos Atores este trabalho apresenta a problemática da agricultura na região amazônica numa perspectiva de construção da transição agroecológica para o estado de Rondônia. Procurou-se resgatar a dinâmica de colonização da região central do estado de Rondônia e o histórico de ação da APA, identificando as mudanças nas práticas e sistemas de produção dos modelos de agricultura, construindo uma análise para as políticas públicas de desenvolvimento rural socioambiental em voga. Para isso fez-se uso de técnicas de coletas de dados com entrevistas semi-estruturadas, da observação livre e do diário de campo. A análise dos dados coletados apontou para a consolidação de uma agricultura ecológica na região, sobretudo aquela encontrada no campesinato que tem por principal característica a resistência aos Impérios Alimentares. Conclui-se também que políticas públicas como o PAA, PRONAF, PAIS e PROAMBIENTE, agem de maneira diferenciada a partir da tomada de consciência e disputa pelo poder dos atores.