Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Palma, Luciana Zambillo |
Orientador(a): |
Warmling, Cristine Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/233238
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Resumo: |
Introdução: A pandemia da Covid-19 trouxe impactos para os sistemas de saúde, e, consequentemente, para as equipes de Saúde Bucal que, em suas práticas de atenção, têm alto risco de exposição ao agente etiológico da referida doença. No Brasil, a Agência de Vigilância Sanitária, em março de 2020, atualizou a Nota Técnica nº 04, suspendendo atendimentos eletivos odontológicos e enfatizando cuidados com a anamnese, sala de espera, Equipamentos de Proteção Individual e minimização de aerossóis. Interessados em investigar como estas equipes adequaram suas práticas, pesquisadores de universidades públicas da região Sul do país criaram a Rede de Pesquisa em Saúde Bucal Coletiva da Região Sul. Objetivo: Investigar as medidas de vigilância e biossegurança e o acesso às atividades educativas por profissionais de saúde bucal durante a primeira onda de Covid-19 no estado do Rio Grande do Sul. Metodologia: Este estudo é decorrente de uma pesquisa multicêntrica denominada “Biossegurança em odontologia para o enfrentamento da Covid-19: análise das práticas e formulações de estratégias”. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa (com delineamento descritivo e transversal). A coleta de dados envolveu um questionário inédito validado (escala Likert de 5 pontos), desenvolvido com base em conteúdos da Nota Técnica nº 04 da Agência de Vigilância Sanitária. As temáticas incluídas foram: sociodemográficas, fatores de risco para covid-19, biossegurança, experiência profissional, vigilância e acesso à educação. O questionário possui 47 questões objetivas e foi autoaplicado através da plataforma Google FormsⓇ. O Conselhos Regionais de Odontologia, entre agosto a outubro de 2020, enviaram e-mail com o link do questionário para seus inscritos: cirurgiões-dentistas, técnicos e auxiliares em saúde bucal atuantes em nível ambulatorial no setor público ou privado. Os dados foram analisados a partir de médias e desvio-padrão dos escores da escala Likert. Resultados: No Rio Grande do Sul, participaram 644 profissionais de saúde bucal (82,5% dentistas, 13,2% auxiliares em saúde bucal e 4,3% técnicos em saúde bucal), 84,8% deles não apresentavam comorbidades e 51,7% pertenciam à rede pública de saúde. As medidas de vigilância mais proeminentes foram distanciamento e alertas visuais na sala de espera, orientações e avaliação dos sintomas sobre a Covid-19. Quanto às medidas de biossegurança na clínica, a menor adesão foi relacionada ao uso de radiografias intraorais (2,7 ± 1,4; IC 95%: 2,6–2,9) e de lençol de borracha (2,1 ± 1,4; IC 95%: 2,0–2,2) e a disponibilidade e uso de sistema de sucção de alta potência (2,5 ± 1,7; IC 95%: 2,3-2,6). O acesso a informações foi em grande parte obtido por meio de documentos não emitidos por órgãos de saúde responsáveis (77,4%). Quanto às práticas de Educação Permanente em Saúde, 52,6% afirmaram que receberam orientações sobre as medidas a serem tomadas durante o atendimento odontológico no local de trabalho, mas 22,7% referiram não serem informações passíveis de aplicação nas próprias práticas cotidianas. Apenas 13,7% afirmaram que estavam ansiosos em trabalhar. Considerações Finais: Medidas gerais de vigilância e biossegurança foram adotadas, mas, atividades que reduzem a disseminação de aerossóis tiveram menor adesão. É necessária uma ação coordenada de educação permanente. Também, é fundamental considerar as práticas de vigilância, biossegurança e estratégias de educação para a odontologia na formulação de políticas, dando suporte aos problemas enfrentados no sistema de saúde durante a pandemia de Covid-19. |