Probiótico LAB18S: um estudo genômico, proteômico e das interações com os prebióticos e com o microbioma intestinal humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Comerlato, Carolina Baldisserotto
Orientador(a): Brandelli, Adriano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257946
Resumo: A microbiota intestinal exerce um papel fundamental na saúde humana e o aumento de evidências apoia o papel benéfico dos microrganismos probióticos na manutenção da saúde intestinal. Neste estudo foram abordados estudos ômicos para melhor compreender a interação do probiótico com o hospedeiro. O genoma do probiótico Enterococcus durans LAB18S foi avaliado através do sequenciamento e diversos genes potencialmente associados a propriedades probióticas, tais como capacidade de adesão, viabilidade a pH baixo, tolerância ao sal biliar, atividade antimicrobiana, utilização do substrato prebiótico e genes envolvidos no metabolismo do selênio. A fim de se verificar a relação simbiótica entre prebióticos e probióticos foram avaliadas a capacidade de carboidratos em estimular o crescimento e a diferença na expressão proteica do LAB18S cultivado em FOS, GOS e glicose. A análise proteômica mostrou que tanto FOS quanto GOS foram utilizados como fonte de carbono pela bactéria probiótica, além de estimularem o microrganismo a produzir diferentes proteínas e / ou diferentes níveis de expressão proteica. O isolado LAB18S foi, então, cultivado em condições aeróbias e anaeróbias usando FOS e GOS, a fim de estimar a ação do oxigênio na expressão de proteínas. O proteoma e o secretoma da célula inteira foram analisados e os resultados mostraram que o LAB18S em simbiose com FOS apresentou resultados proteômicos mais promissores. Enzimas clinicamente importantes para o tratamento de câncer, L-asparaginase e arginina desiminase, foram superexpressas quando o isolado foi cultivado em FOS. Além disso, a ausência de oxigênio induziu o probiótico a produzir proteínas relacionadas à multiplicação celular, integridade e resistência da parede celular e desintoxicação. Por fim, a interação das proteínas secretadas pelo probiótico E. durans LAB18S em simbiose com FOS e GOS com o microbioma intestinal humano de um indivíduo saudável foi analisada através de uma cultura ex vivo. A metaproteômica mostrou alterações na expressão proteica do microbioma e os resultados revelaram que as comunidades microbianas mudaram com a presença de diferentes concentrações do secretoma do LAB18S. Esses resultados sugerem que o probiótico em simbiose com os prebióticos possuem efeitos benéficos atuando na modulação das atividades funcionais da microbiota intestinal humana.