Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Laís Lima |
Orientador(a): |
Spritzer, Poli Mara |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/206007
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Resumo: |
Introdução: A transição menopáusica tem sido associada ao aumento do risco de doença cardiovascular (DCV), sendo essa a principal causa de morte nessa população. Evidências sugerem que a produção elevada de espécies reativas de oxigênio (ROS) está envolvida no risco de doenças crônicas. Antioxidantes dietéticos têm sido associados à proteção das células do endotélio vascular contra os danos causados pelas ROS. Objetivo: Avaliar a associação entre a presença de DCV subclínica e a ingestão dietética de micronutrientes e polifenóis com ação antioxidante em uma amostra de mulheres pós-menopáusicas sem doença clínica evidente. Métodos: Foram arroladas 105 mulheres na pós-menopausa para análise da espessura da camada íntima-média da carótida (C-IMT) em três segmentos e da presença de placas ateromatosas, através de ultrassonografia. A presença de DCV subclínica foi definida como presença de placa e/ou IMT>0,9 mm. A ingestão de micronutrientes e polifenóis foram calculadas através da aplicação de um questionário de frequência alimentar validado. A atividade física habitual foi avaliada com um pedômetro digital por 6 dias. Além disso, também foram avaliados o perfil hormonal e metabólico. Resultados: Foram inclusas 96 mulheres, a prevalência de DCV subclínica foi de 35%. A mediana do tempo de menopausa foi de 5,8 (3 – 10) anos, a média de idade de 55,5 ± 5,0 anos e IMC 27,2 ± 5 kg/m2. Quando as participantes foram estratificadas entre presença ou ausência de DCV subclínica, não houve diferenças na idade, tempo de menopausa, IMC, nível de atividade física, perfil lipídico, glicose e variáveis hormonais. No entanto, o grupo sem DCV subclínica apresentou um maior consumo de micronutrientes com ação antioxidante, como selênio [92,2 (78,8 – 124,8) vs. 72,5 (57,3 – 97,6) mcg, p=0,025], magnésio [269,6 (206,5 – 343,5) vs. 219,9 (162,1 – 284,2) mg, p=0,047], folato [505,6 (396,1 – 710,1) vs. 418,0 (320,6 – 574,7) mcg, p=0,024], vitamina E [4,3 (3,0 – 5.4) vs. 3,1 (2,0 – 4,2) mg, p=0,105], polifenóis (3817,7 ± 1914,6 vs. 2973,5 ± 1151,5, p=0,881) e isoflavonas [4,9 (2,1 – 9,8) vs. 3,5 (2.1 – 4,9) mg, p=0,049] quando comparado ao grupo de mulheres com DCV subclínica, mesmo após ajuste para ingestão calórica. No modelo de regressão multivariado o IMC ≥27,00 kg/m² foi associado a um risco 90% maior de presença de placa e/ou IMT>0,9 mm (P=0,017), enquanto maiores níveis de estradiol (P =0,004) e ingestão de isoflavonas (P=0,021) foram independentemente associados ao menor risco de DCV subclínica. Conclusão: Em nossa amostra de mulheres pós- menopáusicas, uma maior ingestão dietética de isoflavonas foi associada à menor risco de DCV subclínica, independente do IMC e níveis de estradiol. |