Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Cachapuz, Daniela Rosa |
Orientador(a): |
Carlos, Sergio Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/29681
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Resumo: |
Este estudo teve como objetivo estudar o processo de subjetivação em mulheres com sessenta anos ou mais hospitalizadas na Linha de Cuidado do Trauma do Idoso no Hospital Cristo Redentor na cidade de Porto Alegre/RS. O campo conceitual abordou os temas envelhecimento, trauma físico e hospitalização, buscando problematizá-los a partir da noção de subjetivação em Foucault e do conceito de dobra em Deleuze: fios condutores para pensar os processos de subjetivação ao longo do estudo. Para compreender o impacto do trauma físico na subjetivação dessas mulheres e entender a produção de efeitos da hospitalização na subjetivação, foi realizada uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório que contou com a participação de quatro mulheres com idade igual ou superior a 60 anos, hospitalizadas por fratura de fêmur na Linha Cuidado do Trauma do Idoso. Como estratégia metodológica, foi construído um diário de campo e realizadas entrevistas com as participantes durante o período de internação hospitalar e entrevistas domiciliares após a saída do hospital. O material produzido foi organizado a partir dos diferentes momentos vividos pelas participantes ao longo da pesquisa, analisado em função das questões e dos objetivos da pesquisa. Os resultados foram apresentados em dois momentos: a) um breve apanhado sobre as histórias de vida de cada participante e b) o conteúdo trazido pelas mesmas analisado a partir dos conceitos de subjetivação, dobra e acontecimento e relacionados à questão do envelhecimento e hospitalização. Pôde-se inferir que os discursos prévios quanto à velhice, doença e hospitalização já produziam efeitos na subjetivação das participantes antes do acidente. O trauma físico, a hospitalização e o rompimento com o cotidiano anterior serviram como dispositivo para problematizar uma série de questões. A submissão à disciplina hospitalar, a dor e o cansaço questionaram a potência de resistência das participantes, mas também abriram portas para a criação diante de situações de sofrimento. O trauma físico trouxe consigo a falência de normas antigas e a necessidade de invenção de novas normas. Mesmo diante das alternativas singulares criadas, as participantes enfatizaram o desejo do retorno à condição anterior e a retomada de suas atividades. |