Relação entre a complexidade e a resiliência de sistemas sócio técnicos : estudo em uma gerenciadora de operações de sistemas elétricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Azeredo, Giovani Freire
Orientador(a): Saurin, Tarcísio Abreu
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/193998
Resumo: A sociedade moderna tem como forte característica o alto consumo energético. O sistema elétrico precisa ser monitorado continuamente para avaliar seu desempenho operacional, a fim de manter e melhorar seus níveis de segurança, em paralelo, as tecnologias têm evoluído continuamente, os processos são cada vez mais rigidamente acoplados, bem como as demandas dos clientes por qualidade e confiabilidade. As características citadas refletem o aumento da complexidade dos Sistemas Sócio-Técnicos Complexos (SSTC) contemporâneos. Este estudo tem como principal questão de pesquisa em como avaliar a relação entre as características de complexidade e os potenciais de resiliência? Neste sentido, buscou-se desenvolver um framework para analisar relações entre complexidade e resiliência de SSTC. Quanto aos objetivos específicos, três foram estabelecidos: (a) caracterizar a complexidade de uma empresa de operação de sistemas de energia; (b) adaptar a ferramenta RAG (Resilience Assessment Grid) para o contexto do planejamento, coordenação e supervisão do sistema elétrico; (c) identificar como os atributos de sistemas complexos se relacionam com os potenciais de sistemas resilientes. A abordagem norteadora da tese é o Design Science Research que, com sua natureza prescritiva, busca desenvolver o conhecimento por meio da construção de artefatos. O framework proposto inicialmente realiza a definição dos limites do sistema analisado. A etapa 2 enfatiza a caracterização da complexidade do sistema, em três dimensões de avaliação da complexidade (i) relativa; (ii) funcional; e (iii) estrutural. A etapa 3 envolve a avaliação da resiliência, sob dois aspectos: (i) os quatro potenciais de sistemas resilientes; (ii) análise dos POP (Procedimentos Operacionais Padronizados). A etapa 4 apresenta o cruzamento dos dados levantados, visando identificar como as características de complexidade influenciam a resiliência, bem como sua natureza. Finalizando apresenta-se as recomendações práticas para influenciar e monitorar a resiliência do sistema, principalmente por meio da atuação sobre as características de complexidade. No que tange as futuras pesquisas, deve-se ter como primeira perspectiva o acompanhamento a médio e longo prazo do RAG. Uma análise semelhante para um Centro de Operação de Distribuição, pela particularidade de ser associado com as atividades de quem trabalha diretamente com o consumidor final. Outra vertente, consiste em avaliar os outros três Centros de Operação que compõem o SEP (Sistema Elétrico de Potência) desenvolvendo uma pesquisa para cada setor separadamente. Por fim, a aplicação e refinamento do modelo proposto em outros SSTC.