Épocas de dessecação do trevo persa no desempenho agronômico do arroz irrigado em sucessão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fioravanço, Gabriela Paiva
Orientador(a): Bredemeier, Christian
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/285148
Resumo: O arroz é o segundo cereal mais produzido no Brasil e a cultura é altamente responsiva ao nitrogênio (N) e, por isso, esse nutriente frequentemente é aplicado em altas doses, o que aumenta os custos de produção e pode gerar contaminação ambiental. Visando melhorar a sustentabilidade dos sistemas arrozeiros, tem-se buscado a utilização de plantas de cobertura leguminosas na entressafra, principalmente o trevo persa pela sua maior tolerância ao excesso hídrico, e o sincronismo entre a liberação de N com as demandas nutricionais da cultura do arroz. Nesse cenário, os objetivos da presente pesquisa foram avaliar a quantidade de N ciclado pelo trevo persa e determinar a melhor época para sua dessecação e correlacionar o NDVI com a produtividade de grãos do arroz irrigado cultivado em sucessão. Dois experimentos foram conduzidos a campo, com cinco épocas de dessecação do trevo (30, 20, 10 dias antes da semeadura do arroz, no dia da semeadura e no ponto de agulha) e duas testemunhas de pousio, com a aplicação de nitrogênio em cobertura e controle (0N), na safra de 2021/22, e outro com quatro épocas de dessecação do trevo (30, 20, 10 dias antes da semeadura do arroz e no ponto de agulha) e duas testemunhas de pousio, com a aplicação de nitrogênio em cobertura e controle (0N), na safra de 2022/23. As avaliações consistiram em análise de biomassa e N acumulado do trevo no dia da dessecação e do resíduo da leguminosa no dia da semeadura do arroz. Realizaram-se medições semanais de NDVI na cultura do arroz, além de coletas de biomassa e o N acumulado em três estádios distintos (V5, V8 e R1). Após, avaliou-se a influência das épocas de dessecação do trevo nos componentes do rendimento e na produtividade do arroz. A variação temporal do NDVI mostrou que as plantas que receberam N em cobertura alcançaram valores maiores quando comparadas as que não receberam e que, em alguns estádios, a medição com GreenSeeker é capaz de diferenciar as épocas de dessecação da leguminosa. A correlação entre o NDVI e a produtividade alcançou maiores valores no estádio R1. Avaliando-se a produtividade do arroz após o trevo em comparação com as testemunhas, percebe-se que o melhor desempenho foi atingido pelo arroz após a dessecação do trevo persa em 20 e 10 dias antes da semeadura. Conclui-se que a época de dessecação do trevo persa ideal para ciclar N para o arroz irrigado é entre 20 e 10 dias antes da semeadura quando o trevo disponibiliza, em média, 60 kg ha-1 de N. Quando há a aplicação de N em cobertura, a contribuição do trevo tornase menos evidente, pois o nutriente não é mais limitante para o desenvolvimento da cultura.