Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Simoni, Joana Cruz de |
Orientador(a): |
Dal Soglio, Fabio Kessler |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/132949
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Resumo: |
Esse estudo pretende compreender as múltiplas formas de construção do conhecimento agroecológico (CCA), através da observação da interface entre Grupos de Agroecologia (GAs) e agricultores de base ecológica. A Agroecologia é entendida, neste trabalho, em suas dimensões práticas, teóricas e políticas – e, para, além disso, enquanto um campo estudado e vivido por uma miríade heterogênea de atores. Os GAs, por sua vez, são coletivos que se organizam para estudar, praticar e difundir a Agroecologia (muitas vezes, grupos de extensão universitária). Para este estudo, focou-se em GAs atuantes em Universidades Públicas do Rio de Janeiro/RJ; e, consequentemente, em agricultores que com estes interagissem. Partiu-se da Perspectiva Orientada ao Ator como base teórico-metodológica, buscando nela elementos que subsidiassem uma análise da construção do conhecimento que emana da confrontação, do compartilhamento e da negociação entre os diversos atores sociais e seus mundos de vida. Esta análise permitiu observar a centralidade dada às premissas da ciência moderna na produção/construção do conhecimento. Desta forma, problematizou-se, buscando propostas como a ecologia dos saberes, a hierarquia (aqui considerada artificial) estabelecida entre os saberes especializados ou científicos e os saberes práticos ou populares. Pôs-se em questão o papel da Universidade neste contexto, sobretudo no que tange às formas de desenvolvimento rural que preconiza e, portanto, ao espaço que dá as perspectivas agroecológicas em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Conclui-se que, embora de forma ainda discreta e, por vezes, informal, a agência dos atores sociais (aqui notadamente os GAs e os agricultores) colabora para a superação do abismo criado entre demandas sociais e Universidade, fomentando o debate agroecológico e a valorização dos saberes dos agricultores. A análise das situações de interfaces entre os diversos atores (inclui-se aqui a complexidade de atores que envolve a Universidade) permitiu compreender que a CCA acontece em meio a disputas e visões diferenciadas acerca do desenvolvimento rural. Por outro lado, as interações entre estudantes e agricultores demonstram-se profícuas ao desenvolvimento de processos de aprendizagem diferenciados, fortalecendo a Agroecologia e propondo formas alternativas de construção do conhecimento dentro e fora dos muros da Universidade. |