Terapia nutricional enteral no paciente crítico e seu impacto nos desfechos clínicos em curto e longo prazo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dariano, Angela Pinho
Orientador(a): Friedman, Gilberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249675
Resumo: RESUMO Esta dissertação se propõe a investigar os principais aspectos relevantes a terapia nutricional na primeira semana de internação e a sua possível influência sobre os desfechos clínicos em curto e longo prazo. Em face dos diversos estudos realizados na última década, há questões essenciais acerca do assunto que permanecem incertas. A literatura é unânime em recomendar a nutrição enteral (NE) como escolha preferencial mediante a impossibilidade de utilização da via oral, tendo em vista as vantagens tais como a manutenção da estrutura e função do trato gastrointestinal (TGI), o apoio a microbiota intestinal e consequentemente ao tecido linfoide associado ao intestino (GALT); minimizando a expressão da resposta inflamatória sistêmica. Contudo, para se usufruir dessas vantagens, a Terapia Nutricional Enteral (TNE) deve ser programada e monitorada, tendo em vista os fatores intrínsecos ao tratamento intensivo que dificultam a oferta adequada de nutrientes, assim como uso de drogas vasoativas e opioides, que retardam o esvaziamento gástrico. A definição do aporte energético ideal para o paciente crítico é alvo de muito debate, visto que ainda não há evidências de que aferir o gasto energético por calorimetria indireta (CI) em detrimento das fórmulas e equações preditivas melhora desfechos nessa população. A maioria dos estudos analisa como desfechos principais a mortalidade, o tempo de internação na unidade de tratamento intensivo (UTI) e o tempo de permanência em ventilação mecânica (VM). São escassos os estudos que avaliam o impacto da adequação nutricional sobre os desfechos clínicos em longo prazo, tal como a capacidade funcional. Por conseguinte, desenvolveu-se como parte da presente dissertação, um estudo observacional cujo objetivo foi testar a influência de um aporte energético otimizado (≥80%) sobre a habilidade dos indivíduos em realizar as Atividades da Vida Diária (AVD), em comparação ao aporte inadequado (<80%). Obtivemos como resultado uma ausência de variação significativa entre a Escala das Atividades Instrumentais da Vida Diária (EAIVD) inicial e final, não havendo diferença significativa entre os grupos dicotomizados (adequado e inadequado) e a habilidade dos sobreviventes em realizar as AVD. Sendo assim, esta dissertação tem como justificativa buscar uma melhor compreensão sobre os aspectos inerentes à TNE no paciente crítico em VM, destacando o impacto que as estratégias nutricionais vigentes exercem sobre a capacidade funcional dos pacientes em longo prazo.