Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
José, Isabela Bernasconi |
Orientador(a): |
Leandro-Merhi, Vânia Aparecida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
PUC-Campinas
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16337
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Resumo: |
Introdução: A terapia nutricional enteral (TNE) é a via de escolha preferencial para nutrir pacientes graves e tem como principal objetivo prevenir e tratar as deficiências nutricionais e a desnutrição hospitalar. Atingir as metas energéticas e proteicas nestes pacientes é um desafio diário para a equipe de cuidados no ambiente da terapia intensiva. Objetivo: Monitorar a oferta energética e proteica e as inadequações da TNE em pacientes críticos internados em uma unidade de terapia intensiva. Método: Em um estudo longitudinal prospectivo, foram estudados 82 pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário. Foram avaliadas as seguintes variáveis: metas energética e proteica da (TNE), os valores prescritos e administrados da (TNE), as causas e frequências das inadequações na infusão da dieta, e os desfechos da terapia nutricional. O diagnóstico nutricional foi definido por meio de parâmetros antropométricos, exames laboratoriais e instrumentos de rastreamento nutricional (nutric score e nutritional risk screening). Para a análise estatística foi utilizado o teste de Wilcoxon, o teste Qui-quadrado ou teste Exato de Fisher e o teste de Mann-Whitney. Resultados: A média da meta energética foi de 2.132,91 kcal e a proteica foi de 113,96 g por dia. A infusão média de energia foi de 53,44% da meta e de proteína foi de 43,72% da meta, diferença estatisticamente significante para ambas as variáveis (p<0,0001). Verificou-se diferença estatisticamente significante (p<0,0001) para todas as comparações efetuadas entre a meta, prescrição e infusão da TNEE. Para a caloria, a prescrição foi em média 68% (p<0,0001) do valor da meta calculada, sendo infundido 53% (p<0,0001) do valor da meta energética. Para a proteína, a prescrição foi em média 58% (p<0,0001) do valor da meta, sendo infundido em média 43% (p<0,0001) do valor da meta proteica. Foi infundido 72% do que foi prescrito tanto para caloria como para proteína. Todos os pacientes avaliados apresentaram algum tipo de intercorrência na infusão e para 90% dos pacientes não houve justificativa para o atraso na infusão. Cinquenta por cento (50%) dos pacientes em TNE apresentavam risco nutricional. Conclusão: A TNE não supre totalmente as necessidades energéticas e proteicas dos pacientes críticos. As complicações que acometem o paciente grave interrompem a infusão da dieta, bem como atrasos evitáveis. Tais achados reforçam a importância do monitoramento adequado e cuidadoso da terapia nutricional enteral no paciente grave. |