"Eu, a casa e a escola": narrativas de adolescentes em conflito com a lei acerca de si, da casa abrigo e da escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Baldissera, Maria Janete Soligo
Orientador(a): Traversini, Clarice Salete
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/16242
Resumo: Esta Dissertação tem como objetivo visibilizar como diversas narrativas operam sobre comportamentos dos Meninos da Casa Abrigo - Associação do Adolescente Nova Vida, localizada no bairro Primavera, no município de Novo Hamburgo / RS, problematizando a produção de um sujeito narrado como "Menino da Casa". A investigação se inscreve numa trajetória de inspiração etnográfica, buscando trabalhar com análise de narrativas, tendo em vista uma teia enunciativa que permite criar verdades sobre a situação e a produção desses Meninos. Para tanto, utiliza-se de aportes teóricos ligados aos Estudos Culturais em Educação e em Michel Foucault, numa perspectiva teórica pós-estruturalista. Os sujeitos internos nesta instituição são adolescentes em conflito com a lei que, por cometimento de ato infracional, por serem dependentes de substâncias psicoativas e/ou por estarem em estado de vulnerabilidade social, são enviados à mesma. O estudo analisou um conjunto de narrativas desses adolescentes acerca do que dizem sobre si próprios e sobre os lugares onde foram postos para serem corrigidos de seu estado de incorrigibilidade. Por meio das narrativas, foi possível perceber que a Casa Abrigo precisa, perante a sociedade, mostrar sua produtividade em relação à normalização desses sujeitos e, ao agir sobre suas condutas, investe em algumas estratégias, cuja interseção de discursos centra-se na espiritualidade, no trabalho e na valorização da família. Também, foi possível entender que essa mesma instituição representa uma possibilidade de terceirização de alguns serviços da cidade de origem de cada adolescente, na medida em que o poder público, na intenção de livrar-se desse Menino que representa risco para sua cidade, envia-o a uma instituição localizada em um município vizinho, como depositária desse sujeito.