Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Reinert, Tomás |
Orientador(a): |
Graudenz, Márcia Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/206569
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Resumo: |
Introdução: Mutações no gene ESR1 (ESR1m) são importante mecanismo de resistência à terapia endócrina em câncer de mama receptor de estrogênio positivo (RE+) e vêm sido reconhecidas como biomarcadores prognósticos e preditivos, assim como um potencial alvo terapêutico. Entretanto, as pesquisas publicadas descrevem ESR1m como um potencial mecanismo de resistência adquirida no contexto de doença metastática. O papel de ESR1m como potencial mecanismo de resistência intrínseca no contexto de doença inicial não foi estudada. O escore PEPI é um índice que avalia o perfil de sensibilidade ou resistência à terapia endócrina neoadjuvante. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de ESR1m em amostras tumorais de pacientes com câncer de mama RE+ com perfil de resistência à terapia endócrina neoadjuvante com inibidores de aromatase. Resultados: Uma coorte prospectiva de mulheres na pós-menopausa com câncer de mama RE+ HER2-negativo estádio II-III tratadas com hormonioterapia neoadjuvante foi conduzida. Pacientes receberam tratamento com anastrozol por um período mínimo de três meses. Amostras tumorais de pacientes com um perfil de resistência endócrina primária (definida como escore PEPI maior ou igual a 4) foram selecionados e analisados quanto à presença de mutações no gene ESR1. ESR1m foram avaliadas em amostras de tecido tumoral incluídas em blocos de parafina utilizando a técnica de reação PCR quantitativo. As mutações em hotspots nos códons 380, 537 e 538 do gene ESR1 foram analisadas. Resultados: Cento e vinte e sete pacientes foram incluídas na coorte, das quais 100 (79%) completaram a neoadjuvância, foram operadas e tiveram o escore PEPI calculado. Dentre estas pacientes, o escore PEPI variou entre 0 e 3 em 70% (70/100) e foi igual ou maior a 4 em 30% (30/100). Vinte e três pacientes foram incluídas na análise. ESR1m não foram identificadas em nenhuma das amostras dos 23 pacientes com câncer de mama em estádio inicial resistentes a hormonioterapia neoadjuvante. Conclusão: As evidências atuais suportam a noção que existem diferentes mecanismos de resistência intrínseca ou adquirida à terapia endócrina em câncer de mama. Nosso estudo sugere que mutações no gene ESR1m não se desenvolvem em um período curto de tempo e não representam um mecanismo comum de resistência endócrina intrínseca. Portanto, ESR1m devem ser consideradas um mecanismo de resistência adquirida no contexto de câncer metastático. Pesquisas buscando identificar mecanismos de resistência endócrina intrínseca devem ser estimuladas uma vez que não existem biomarcadores com implicações na prática clínica nesta área. |