Caracterização dos genes CCL5, FST e SLIT2 no processo de desenvolvimento e regressão do corpo lúteo de cadelas não prenhes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gomes, Luiz Antonio Berto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ESR
FST
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-05082020-123626/
Resumo: A cadela é um animal monoéstrico, não sazonal, que apresenta anestro entre as fases reprodutivas ativas. O ciclo estral é controlado pelo eixo hipotálamo-hipófise-gonadal por atuação dos hormônios folículo estimulante (FSH), luteinizante (LH), 17b-estradiol (E2) e progesterona (P4), e ainda por ativinas e inibinas. O corpo lúteo (CL), glândula endócrina presente no diestro de cadelas prenhes e de não prenhes, secreta tanto P4 quanto E2, que atua de maneira autócrina, parácrina e endócrina, controlando a função luteínica. O E2 se liga aos receptores (ERs) alfa (ERa) e beta (ERb), considerados em algumas espécies como luteotrófico e luteolítico, respectivamente. Quimiocinas, como RANTES (CCL5), folistatina (FST) e slit guidance ligand 2 (SLIT2) podem estar relacionados a esses processos e serem regulados pela ligação E2-ERs. Este estudo teve interesse em caracterizar a expressão dos genes CCL5, FST, SLIT2, ESR1 (ERa) e ESR2 (ERb) no CL de cadelas cíclicas não prenhes através da técnica RNAseq, validá-los pelo RT-qPCR. Foram utilizados 30 CLs provenientes de cadelas não prenhes nos dias 10, 20, 30, 40, 50 e 60 após a ovulação (RNAseq n=3/grupo; RT-qPCR n=5/grupo). ESR1 e ESR2 não foram considerados diferencialmente expressos ao RNAseq; CCL5, FST e SLIT2 apresentaram aumento progressivo nas comparações do início em relação ao final do diestro. Ao RT-qPCR, o mRNA de SLIT2 estava mais expresso no dia 60 após a ovulação (p.o.) em relação ao dia 10. O mRNA do ESR2 apresentou aumento na expressão nos dias 20 e 40 p.o. em relação ao dia 30 p.o. Não houve diferença significativa para CCL5, FST e ESR1 ao RT-qPCR. Os resultados sugerem que a expressão de SLIT2 varie ao longo do diestro e responda a interação entre E2 e ERb, contribuindo com os sinais apoptóticos que aparecem durante a regressão luteínica. Apesar do mRNA de FST e CCL5 estarem presentes no CL canino, estes não apresentam variações significativas durante a formação, manutenção e regressão do corpo lúteo. Assim, o papel desta expressão precisa ser melhor investigado.