Avaliação da presença de polimorfismos PvuII e Xbal no gene do Receptor de Estrogênio (ESR1) em pacientes com pré-eclâmpsia severa, no estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Pegurier, Marcelle Gomes de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11778
Resumo: A pré-eclâmpsia é uma doença obstétrica multifatorial e poligênica, que afeta gestantes após a 20ª semana de gestação. Até os dias de hoje, sua etiologia não foi completamente compreendida, podendo estar relacionada com fatores ambientais e genéticos. Recentemente, diferentes pesquisas focam na identificação de genes candidatos possivelmente relacionados com a pré-eclâmpsia. Alguns estudos postularam que polimorfismos no gene do Receptor de Estrogênio alpha (ESR1) podem influenciar na ação gênica como um modulador da expressão do estrogênio ligante. O polimorfismo ESR1PvuII é caracterizado por uma alteração de C para T na região -397 do gene, enquanto que o polimorfismo ESR1XbaI é caracterizado por uma alteração de A para G na região -351 do mesmo gene. Tais alterações podem reduzir a expressão do gene ESR1 causando vasoconstrição sistêmica, isquemia placentária e restrição do crescimento fetal, mecanismos estes influenciados pelo estrogênio e característicos na pré-eclâmpsia. Desta forma, mulheres com alterações nesse gene podem ser mais susceptíveis ao desenvolvimento da pré-eclâmpsia na gestação, assim como podem possuir algum risco para o desenvolvimento futuro de doenças cardiovasculares. O objetivo desse estudo caso-controle foi investigar associação entre os polimorfismos PvuII e XbaI no gene ESR1 em mulheres com pré-eclâmpsia do Rio de Janeiro, avaliando as frequências genotípicas e alélicas dos polimorfismos, isoladamente ou por combinação de genótipos, em ambos os grupos. Também como objetivo, pretendeu-se avaliar as características demográficas e clínicas nos diferentes grupos, assim como investigar a associação da história familiar de pré-eclâmpsia. O grupo controle foi formado por 95 mulheres grávidas normotensas, saudáveis e o grupo caso foi constituído por 95 pacientes com pré-eclâmpsia severa. O DNA genômico foi extraído a partir de células bucais por digestão com proteinase k e precipitação com acetato de amônio. A detecção dos polimorfismos do gene ESR1 foi realizada através do método de PCR-RFLP. As frequências alélicas e genotípicas foram comparadas em cada grupo utilizando x2 e/ou teste exato de Fisher; teste t Student foi usado para comparar variáveis contínuas. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o programa Graph Prism 5.0. As frequências alélicas observadas foram semelhantes entre os grupos. Para o polimorfismo PvuII foram de: 48,4% versus 43,7% para o alelo C e 51,6% versus 56,3% para o alelo T, em controles e casos, respectivamente. Enquanto que para o polimorfismo XbaI, as frequências alélicas foram: 61,6% versus 68,9% para o alelo A e 38,4% versus 31,1% para o alelo G nos controles e casos, respectivamente. As frequências genotípicas do polimorfismo PvuII foram de 32,6% TT; 47,4% TC; 20,0% CC para os casos e 26,4% TT; 50,5% TC 23,1% CC para os controles. As frequências genotípicas para o polimorfismo XbaI foram de 48,4% AA; 41,0% AG; 10,6% GG para os casos e 38,9% AA; 45,3% AG 15,8% GG para os controles, nenhuma apresentando diferença significativa entre os grupos. As características clínicas e demográficas demonstraram ter associação com a doença, embora esta não possua interação entre os genótipos dos polimorfismos estudados. A mesma falta de interação foi observada entre os genótipos e história familiar da doença. Assim, não foi observada nenhuma associação entre os polimorfismos do Receptor do Estrogênio alpha PvuII e XbaI e a suscetibilidade para pré-eclâmpsia em mulheres do Rio de Janeiro