O realismo animista presente nos contos africanos : (Angola, Moçambique e Cabo Verde)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Wittmann, Tabita
Orientador(a): Tutikian, Jane Fraga
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/66293
Resumo: A produção das narrativas está intimamente ligada ao contexto histórico e cultural em que se insere. Ao refletirmos a respeito da história das ex-colônias portuguesas na África, organizadas em sociedades tribais, percebemos a importância do conto tradicional. Só muito recentemente se constituiu o termo literatura infantil africana, dessa forma, analisamos os contos infantis de Angola, Cabo Verde e Moçambique e, a partir desses, investigamos a compreensão do conto como função social nos países que procuravam formas de libertação. Na narrativa africana, muitas vezes, predomina a valorização da cultura tradicional, a presença acentuada do imaginário ancestral e principalmente do animismo das culturas africanas. Essas características singularizam a África no âmbito mundial tanto em termos de contextos socioculturais quanto da incompatibilidade entre a forma literária canônica e o conteúdo oriundo dessas culturas. Sendo assim, na África, surgiu um novo termo para conceituar a literatura que se faz naquele continente e que poderia adequar-se melhor à realidade daqueles países – o realismo animista. Esta dissertação pretende possibilitar o avanço nas reflexões sobre o realismo animista – termo utilizado por Pepetela (1989) e Garuba (2003), e sobre sua aplicabilidade nos contos chamados infantis de Angola, Moçambique e Cabo Verde. Nesse sentido, após realizarmos um estudo sobre o insólito na literatura e percebermos a especificidade da cultura mítica na África, propomos uma análise, segundo critérios da cosmogonia africana, dos contos selecionados dos livros: Histórias Portuguesas e Moçambicanas para as crianças, Histórias Portuguesas e Cabo-Verdianas para as crianças e Histórias Portuguesas e Angolanas para as crianças, publicados pelo instituto Piaget em 2004 e 2005. As narrativas foram compiladas por Fernando Vale, sendo a edição de Moçambique em co-autoria com Lourenço do Rosário.