Oralitura: literatura e cultura africanas em aula de língua portuguesa.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: EULÁLIO, Marcela de Melo Cordeiro.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2426
Resumo: Em muitas culturas, as narrativas orais são passadas de geração em geração como uma forma de manutenção e registro da História, além de preservarem a cultura do povo, constituindo-se em um elemento essencial da tradição oral. Essa tradição é uma característica muito presente em grande parte das culturas africanas, embora, hoje, também exista a forte presença da literatura escrita. Ressalte-se que essa tradição oral não é exclusivamente africana, já que no Brasil, por exemplo, também existe o contar e ouvir estórias como costume. É possível perceber que tanto os países do continente africano, quanto o Brasil sofrem com essa generalização cultural. Nesse sentido, conscientes da necessidade de conhecer a diversidade cultural, além de nossas fronteiras, sinalizada nos PCN (2006) e na Lei 10.639/03, identifica-se nos estudos interculturais um caminho para se fazer cumprir a prescrição da Lei. Nessa perspectiva, o objetivo central desta pesquisa é instigar um diálogo intercultural, em aulas de Língua Portuguesa, com o propósito de promover discussões sobre a cultura afro-brasileira, instigando as relações interculturais. A partir de contos brasileiros, angolanos e moçambicanos de tradição oral, comparou-se as realidades em questão, levando-se em conta o fato de que tais contos apresentam aspectos culturais do espaço e tempo no qual são produzidos. Metodologicamente, esta é uma esquisatação de cunho descritivo e interpretativo (MOREIRA; CALEFFE, 2008). Para tanto, esta pesquisa baseou-se nas reflexões de Leite (2012), Freitas (2010), no que concerne à oralização das literaturas africanas; Jolles (1976), quanto às narrativas curtas; Compagnon (2010), no que diz respeito à literatura; Bauman (2012) e Hall (2006), sobre as noções de culturas e Jullien (2009) no que se refere à noção de interculturalidade, dentre outros estudiosos que trazem reflexões que sustentam a nossa investigação. Finalmente, vê-se a pesquisa em questão como um processo que pode dar auxilio ao aluno na sua reafirmação cultural, conduzindo-o a perceber a necessidade de aceitar as diferenças culturais do outro, respeitando-o e entendendo que não há superioridades culturais.