Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pires, Victor Domingues Ventura |
Orientador(a): |
Duarte, Érico Esteves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263257
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Resumo: |
A presente pesquisa tem por objetivo trabalhar com uma análise que trata da temática da aderência dos Estados-membros da União Europeia aos fundos preparatórios de defesa da organização, nomeadamente o Preparatory Action on Defence Research (PADR) e o European Defence Industrial Development Programme (EDIDP). Considerando a natureza desses dois fundos, que visam a participação de consórcios multinacionais através de projetos de defesa conjuntos, estabelecemos como o problema de pesquisa as razões que levaram os Estados-membros da UE a incentivarem a participação de suas empresas ao PADR e ao EDIDP. De forma a viabilizar o nosso projeto, definimos que três estudos de caso a serem trabalhados: a Alemanha, a França e a Grécia. Esse grupo de países foi escolhido devido a serem três dos cinco Estados com a maior participação de entidades no PADR e no EDIDP; e devido as diferenças entre esses Estados no sentido de suas estruturas de defesa internas e da indústria de defesa. Para tanto, teremos como nossa pergunta guia: Quais as razões da Alemanha, da França e da Grécia apoiarem a aderência de suas empresas e centros de pesquisa nacionais ao PADR e ao EDIDP? De forma a responder essa questão, nos valemos de três hipóteses concorrentes: I) a aplicação do conceito de balacing, que versa sobre o melhoramento da posição relativa desses Estados no sistema internacional; II) o bandwagoning, onde os Estados aderem aos fundos a fim de reduzir custos e seus objetivos nacionais; e III) a hipótese de que os Estados participam desses fundos por serem parte de um complexo regional de segurança institucional. De forma a testar essas hipóteses, utilizaremos também as expansões teóricas dos conceitos de balacing e de bandwagoning, de forma a aplicar de forma mais assertiva nossas hipóteses. Responder essa questão se torna importante devido ao ineditismo trazido por esses fundos. Desenvolver questionamentos e respostas sobre essa nova dinâmica internacional, bem como da aplicação teórica proposta, é central para a expansão da agenda de pesquisa da cooperação em defesa, da cooperação da indústria de defesa e da cooperação regional. Como método de pesquisa, utilizaremos a análise de congruência, que nos permitirá analisar a linha causal entre a variável antecedente, independentes e dependente. Nos valeremos também de uma variável interveniente, que servirá para verificar a intervenção de um terceiro elemento nas relações entre as independentes e a dependente. Em questão da variável antecedente temos a Natureza do Sistema Internacional. As variáveis independentes serão: I) Objetivos em termos de produtos de defesa da Alemanha, da França e da Grécia; II) Projetos coordenados no PADR e no EDIDP; e III) a Razão da participação nos fundos. A variável interveniente serão os objetivos em termos de produtos de defesa objetivados pela União Europeia; enquanto a variável dependente será a participação da Alemanha, da França e da Grécia no PADR e no EDIDP. A análise das operacionalizações das variáveis, identificamos que os casos da Alemanha e da França se configuram na hipotetização do complexo regional de segurança institucional; enquanto no caso da Grécia identificamos a aplicabilidade do bandwagoning como razão para sua aderência aos fundos preparatórios de defesa da União Europeia. |