Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Buriol, Viviane Costa de Souza |
Orientador(a): |
Silva, Clecio Homrich da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/257521
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Resumo: |
Introdução: A violência praticada contra a mulher pode ter efeitos na saúde mental materna e no desenvolvimento infantil no período perinatal e pré-escolar. Objetivos: Analisar o impacto da violência praticada contra a mulher na vida e durante a gravidez na qualidade do vínculo mãe-filho e na saúde mental da criança em idade pré-escolar mediados pelo efeito do estresse e depressão materna pós-parto. Métodos: Estudo longitudinal com uma amostra de conveniência da coorte IVAPSA, no município de Porto Alegre (RS). No primeiro artigo foi realizada uma revisão sistemática com pesquisas nos bancos de dados PubMed, PsycInfo, Scopus e Web Of Science para verificar publicações que investigaram a associação entre Violência por Parceiro Íntimo (VPI) sofrida pela mulher durante a gravidez e o vínculo entre mãe-filho. Foram incluídos artigos de estudos observacionais de coorte, transversais e de casos-controle, cuja violência tenha sido avaliada no período gestacional e o vínculo entre mãe e filho mensurado até os dois anos de vida da criança. O protocolo de pesquisa foi registrado na plataforma PRÓSPERO e os artigos selecionados por dois revisores independentes utilizando critérios do protocolo PRISMA. A seleção final teve a inclusão de 10 artigos. No segundo artigo, foram realizadas análises descritivas da situação de violência sofrida pela mulher; das características sociodemográficas, de comportamento e de rotina familiar; das condições gestacionais maternas e obstétricas e das informações assistenciais e do recém-nascido. Por fim, a modelagem de equações estruturais testou o efeito mediador do estresse, da depressão pós-parto (DPP), do aleitamento materno e do sono infantil sobre a relação entre violência e vínculo mãe-filho e a influência deste vínculo na saúde mental da criança em idade pré-escolar. Resultados: Na revisão sistemática a violência sofrida na gravidez foi associada à falha no vínculo mãe-filho nos primeiros dois anos de vida da criança. No segundo artigo foram analisados 295 pares de mãe-filho. 48,8% das mulheres sofreram violência na vida e 15,9% durante a gravidez. Houve associação estatisticamente significativa entre violência e estresse, DPP, sono infantil, vínculo mãe-filho e problemas de internalização da criança em idade pré-escolar. A violência impactou na falha do vínculo mãe-filho e foi parcialmente explicada pelo estresse e DPP, enquanto os problemas de internalização na criança foram explicados pela falha no vínculo mãe-filho. Conclusões: A violência sofrida pela mulher na vida e na gravidez interfere negativamente na saúde materna e no vínculo mãe-filho com consequências para a saúde mental infantil. Prevenir e identificar, precocemente, a ocorrência de violência contra mulheres pode evitar desfechos negativos para o vínculo mãe-filho e para problemas comportamentais da criança na idade pré-escolar e na sua vida futura. |