Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Sandalowski, Mari Cleise |
Orientador(a): |
Oliveira, Renato de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/15900
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Resumo: |
A segunda metade do século XX é marcada pela manifestação de uma nova maneira de perceber o corpo humano. A consolidação da biologia celular e molecular permitiu ao ser humano investigar as particularidades microscópicas que formam seu organismo, potencializando a criação de novas práticas terapêuticas. Essas tecnologias de inovação no campo da saúde, contudo, são acompanhadas por questionamentos de ordem ética e moral, visto que a sua prática investigativa abre espaço para a polêmica em torno do estatuto jurídico do embrião humano e das possíveis consequências sociais e naturais decorrentes de sua incorporação ao cotidiano social. Se a ciência e a racionalidade que lhe é própria constituem-se como elementos centrais na organização da sociedade moderna, seus desdobramentos tecnológicos não necessariamente são percebidos e apreendidos da mesma forma pelos membros que compõem uma determinada sociedade, independentemente de esses indivíduos constituírem-se como agentes técnicos ou leigos. A receptividade de uma inovação tecnológica depende tanto de um processo de ajustamento sucessivo de confrontação, negociação e redução de incertezas, quanto das experiências que caracterizam a trajetória de cada agente social, visto ser ela um produto da aproximação de culturas paralelas. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é compreender a relação existente entre a biotecnologia, configurada pelos estudos de manipulação de células-tronco, e as trajetórias sócio-profissionais de um setor da comunidade médica do Rio Grande do Sul. Tomando como base a medicina regenerativa de manipulação de células-tronco, este estudo propõe-se a compreender como essa relação interfere na receptividade desse setor a este tipo de investigação científica, por meio de uma análise das instâncias da vida social na qual se inserem as trajetórias de vida desses profissionais, bem como do modo como elas operam, pela via de valores que as caracterizam nas tomadas de decisões ético-morais em relação às novas tecnologias. |