Médicos e migração: a residência em questão

• Ano de defesa: 1999
• Autor(a) principal: Pinto, Luiz Felipe da Silva
• Orientador(a): Machado, Maria Helena
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5116

A migração é um fenômeno marcadamente econômico e social com vários efeitos na sociedade moderna, relacionando-se com diferentes eventos históricos. O presente trabalho aborda a questão da migração profissional médica, considerando-a, inicialmente, como mais um aspecto constitutivo da profissão, assim como outros aspectos apontados na Sociologia das Profissões, como autonomia, base cognitiva e mercado de trabalho. A hipótese central é que a área de atuação médica define o deslocamento. Focalizando-se os que migram do local de sua formação básica (graduação), em busca de especialização – os chamados médicos ‘migrantes de formação’ –, a variável principal da análise foi a especialidade escolhida no programa de residência. Para isso, utilizou-se o banco de dados da Pesquisa Perfil dos Médicos no Brasil e seguiu-se sua metodologia, que caminhou no sentido Brasil/Regiões/Estados, redefinindo-se a subpopulação-alvo de interesse para o estudo. Médicos recém-formados de ambos os sexos, migrantes de formação nesse Brasil continental, viajam rumo ao seu objetivo maior: cursar um programa de residência em sua área de interesse ou afinidade. Qual o caminho percorrido? Qual o estado/região que recebe a maior parte dos fluxos migratórios? O trabalho envolveu, ao final, um mapeamento das correntes de formação profissional observadas em cada uma das regiões brasileiras. Propuseram-se algumas medidas para tentar equilibrar o elevado fluxo de migrantes de formação rumo a São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.