Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Forgiarini, Soraia Genebra Ibrahim |
Orientador(a): |
Felix, Elaine Aparecida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/106854
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Resumo: |
A ventilação mecânica apresenta-se como uma forma de suporte ventilatório comumente utilizada nas unidades de terapia intensiva (UTI), entretanto a sua utilização está associada ao desenvolvimento de pneumonia nosocomial, lesão pulmonar associada a ventilação mecânica (VM) e consequente aumento da mortalidade. Devido a estes fatores a retirada precoce dos pacientes em ventilação mecânica é recomendada1. Define-se o desmame como a transição da ventilação mecânica para a ventilação espontânea, podendo este processo ser gradual ou abrupto, o qual representará 40% do tempo total de ventilação mecânica2,3. O processo de desmame é iniciado quando o paciente apresenta resolução parcial ou total da causa que indicou a VM, contudo, há ainda uma diversidade de fatores clínicos e fisiológicos que serão considerados para a tomada de decisão4. Da mesma forma, pode ser utilizar índices preditores de sucesso ou falha com o objetivo de avaliar o prognóstico do processo. 5,. Após o inicio do processo de retirada do paciente da VM, deve-se selecionar a modalidade ventilatório mais adequada para a descontinuação da VM6. Apesar disso, nenhuma desta avaliações ou destes índices consideram a inflamação como possível fator interferente no processo de desmame dos pacientes em VM. O objetivo do estudo é avaliar os fatores inflamatórios sistêmicos em pacientes submetidos a um protocolo de desmame e sua relação com o sucesso e falha. Trata-se de um estudo transversal desenvolvido em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital privado de Porto alegre, Brasil, que possui 31 leitos adultos clínicos. A população final do estudo foi constituída por 54 pacientes com VM há mais de 48 horas e que foram extubados, no período de fevereiro a novembro de 2012. Foram coletados dados demográficos e parâmetros clínicos, além de amostras sanguíneas para avaliação das interleicinas 1β, 6, 8, 10, assim como TNFα e proteína C reativa (PCR). A falha de extubação foi observada em 20 (37%) pacientes. Os pacientes que falharam a extubação, em comparação com os que não falharam, apresentaram menor índice de respiração rápida e superficial (IRRS) e aumento significativo na PCR 48 horas após a extubação, Oobservamos ainda que para cada aumento em uma unidade dos fatores inflamatórios há o aumento no risco de falha no desmame, sendo o TNFα apresenta 2.27 (1.001 – 4.60, p=0.049), IL6 2.23 (1.06 – 6.54, p=0.037), IL8 2.66 (1.06 – 6.70, p=0.037) e IL10 2.08 (1.01 – 4.31, p=0.04) e, quando correlacionamos o IRRS com a IL1, observamos uma correlação inversa entre as variáveis (r=-0.51, p=0.04). Nós concluímos que há um aumento de PCR nos pacientes que falharam no desmame e que o aumento das interleucinas inflamatórias está associado à maior prevalência de falha neste processo. E o IRRS pode não ser tão efetivo nos pacientes que apresentam inflamação sistêmica. |