Atenção a um protocolo de desmame da ventilação mecânica : 07 anos de um desafio educacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Borges, Luis Guilherme Alegretti
Orientador(a): Vieira, Silvia Regina Rios
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/139983
Resumo: Introdução: A implementação de um protocolo de desmame promove a retirada mais rápida da ventilação mecânica, redução das complicações, redução de falha de extubação e diminuição de custos na unidade de terapia intensiva. Porém, sabe-se que uma nova conduta, comprovada pela literatura, pode levar anos a se tornar um padrão de cuidado na prática diária. Objetivos: Investigar a efetividade de um protocolo em relação ao sucesso do desmame e aderência dos médicos assistentes ao protocolo. Métodos: Estudo prospectivo de coorte. Nós investigamos todos pacientes consecutivos dependentes de ventilação mecânica por mais de 24 hs no período de janeiro de 2004 à dezembro de 2010 admitidos em uma unidade de terapia intensiva médico cirúrgica. Os dados como idade, sexo, causa da insuficiência ventilatória, escore de apache II, resultado do desmame da ventilação mecânica e aderência médica ao protocolo de desmame foram coletados em todos os pacientes. Resultados: Foram incluídos 2.469 pacientes durante 07 anos, sendo 1943 (78%) com sucesso no desmame. A adesão médica ao protocolo de desmame variou durante esses anos, sendo a maior entre 2005 à 2007(38% em 2005 para 86% para 2007 p< 0,01).Quando avaliamos o passo à passo do protocolo de desmame, encontramos uma alta adesão para a ventilação não invasiva (VNI)(95%) e para avaliação dos índices preditores de desmame (91%) e uma baixa adesão para controle do balanço hídrico (54%) e interrupção diária da sedação (24%). O sucesso no desmame foi superior nos pacientes que fizeram protocolo de desmame comparado com aqueles que utilizaram a prática clínica como desmame (85,6% x 67,7%, p< 0,001). Conclusão: A adesão médica ao protocolo de desmame mudou durante os anos do estudo, bem como a implementação das diferentes etapas do protocolo. Isso pode ter ocorrido por diferentes níveis de conhecimento médico e educação oferecidas a equipe do Centro de Terapia Intensiva (CTI) sobre o protocolo de desmame durante os anos do estudo.