Contribuições da psicoterapia breve pais-bebê para a conjugalidade e para a parentalidade em contexto de depressão pós-parto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Frizzo, Giana Bitencourt
Orientador(a): Piccinini, Cesar Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13184
Resumo: O presente estudo investigou a conjugalidade e a parentalidade durante uma psicoterapia breve pais-bebê, em famílias em que a mãe apresentava depressão pós-parto. Participaram do estudo duas famílias com mães deprimidas, com base no Inventário Beck de Depressão e em uma entrevista diagnóstica. Os pais não apresentavam depressão. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos, a fim de se analisar o processo de mudança ao longo de três momentos da psicoterapia: entrevistas iniciais, sessões de psicoterapia e avaliação final. Ao todo foram realizados 14 encontros com a primeira família atendida e 18 com a segunda. Todos os encontros foram filmados e transcritos para fins de análise, que foi baseada em duas categorias: conjugalidade e parentalidade. Os resultados revelaram que a conjugalidade e a parentalidade estavam sendo experienciadas com dificuldades pelas famílias atendidas. No entanto, isso não se traduziu necessariamente em interações disfuncionais entre a mãe e o bebê. Apesar das particularidades de cada família atendida, os resultados da psicoterapia foram bastante positivos, com relatos de mudanças tanto na conjugalidade como na parentalidade, já a partir da quarta sessão de psicoterapia. Nos dois casos também se observou que eventos significativos na história de vida das mães estavam intimamente relacionadas com as dificuldades após o nascimento do bebê, reforçando a importância de se considerar fatores relacionais durante o tratamento de mães deprimidas. As avaliações que se seguiram após a psicoterapia não revelaram depressão nas mães. A participação do pai na psicoterapia se mostrou muito relevante para a melhora de suas esposas, refletindo num aumento da satisfação conjugal. Além disso, ao se intervir durante um momento de crise na família, como a depressão após o nascimento de um filho, é possível evitar que padrões interativos disfuncionais sejam cristalizados. Discute-se o papel dos aspectos relacionais envolvidos na depressão, bem como a adequação da psicoterapia pais-bebê como um dos tratamentos possíveis para a depressão pós-parto.