Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Irani Tomiatto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-11012007-110343/
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Resumo: |
A psicoterapia breve infantil (PBI), aqui entendida como uma modalidade de intervenção terapêutica com duração limitada e objetivos circunscritos, dirigida a crianças e pais, é um importante recurso para que se possa oferecer assistência psicológica a uma parcela mais ampla da população. Apesar disso, e de seu potencial preventivo, tem sido alvo de um número restrito de estudos. Este trabalho tem o objetivo de contribuir para seu desenvolvimento, oferecendo um panorama dos conhecimentos da área e propondo diretrizes que auxiliem na organização do raciocínio clínico para o planejamento terapêutico. Inicia-se por um levantamento e uma análise crítica da evolução histórica desta modalidade de intervenção, desde 1942 até os dias de hoje, e propõe o delineamento de modelos de trabalho em PBI, com o intuito de organizar as contribuições de diferentes autores. A seguir, apresenta um estudo da evolução dos critérios de indicação utilizados por esses autores. Constata que esses critérios, ao longo do tempo, foram se tornando mais flexíveis, e que foi se instalando uma tendência a que a psicoterapia seja planejada de acordo com as necessidades e possibilidades de cada paciente. No caso de crianças, propomos que essa adaptação da proposta de trabalho às características individuais leve em conta, como elemento central, o referencial do desenvolvimento. Nesta direção, este trabalho utiliza-se da teoria do desenvolvimento de Erik Erikson para, em conjunto com os conhecimentos teóricos que constituem a base da PBI psicodinâmica, elaborar parâmetros que auxiliem na organização do raciocínio clínico para a compreensão diagnóstica dos casos e para o planejamento do processo psicoterápico. Para ilustrar esta proposta de análise, são apresentados seis casos clínicos de crianças, duas com idades entre três anos e cinco anos e onze meses, duas entre seis anos e oito anos e onze meses, e duas entre nove anos e dez anos e onze meses. Todas foram submetidas a um psicodiagnóstico breve em condições naturais de atendimento em clínica-escola. Conclui-se que a teoria do desenvolvimento de Erikson se mostrou compatível com o referencial teórico da PBI psicodinâmica, em especial devido a seu caráter epigenético, relacional e contextualizado. Além disso, a integração desses referenciais se mostrou possível e efetiva, facilitando a identificação de conflitos centrais e de padrões de relacionamento transgeracionais, a partir dos quais esses conflitos se constituem e se manifestam. Ainda, possibilitou a organização de parâmetros para o planejamento terapêutico, em especial no que diz respeito à construção do foco e das estratégias de intervenção, e ao papel do terapeuta. |