Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lucion, Marta Knijnik |
Orientador(a): |
Kauer-Sant'Anna, Márcia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/178985
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Resumo: |
A relação mãe-bebê é um complexa interação entre dois indivíduos que pode trazer consequências no desenvolvimento infantil a longo prazo e aumentar o risco de psicopatologias. Alguns comportamentos maternos parecem ser mais benéficos para o desenvolvimento infantil, como a habilidade materna de perceber e se adequar às demandas de seu bebê, ter afeto positivo em relação a ele e a forma como a mãe o olha, toca e fala com ele. A presente tese buscou analisar fatores que possivelmente influenciam a habilidade materna de se tornar sensível às necessidades de seu bebê, tendo como principais focos o processamento cognitivo e fatores inflamatórios maternos. Oitenta e duas mães foram visitadas em suas casas um mês após o parto a fim de analisarmos o comportamento materno através do manual Coding Interactive Behavior (CIB), verificarmos o processamento cognitivo materno através de uma tarefa go/no-go com faces de adultos e bebês expressando diferentes emoções como estímulo e realizarmos uma coleta de sangue para análise de interleucinas inflamatórias. Os três artigos produzidos para esta tese reforçam a importância do processamento cognitivo materno na interação mãe-bebê. O primeiro deles é um artigo de revisão sobre viés atencional para faces infantis, sugerindo que este viés atencional é influenciado por diversos fatores, incluindo a parentalidade. O segundo e terceiro artigos foram elaborados utilizando a pesquisa original realizada para a presente tese. No segundo artigo, é demonstrada uma correlação positiva entre maior engajamento do sistema atencional para faces de bebês em sofrimento e a habilidade materna de perceber, interpretar e responder adequadamente aos sinais emitidos pelo bebê. O terceiro artigo integra três diferentes aspectos maternos que parecem se relacionar com a sensibilidade materna: o tempo de reação materna na tarefa de processamento cognitivo, o nível sérico de interleucina 6 (Il-6) e o nível socioeconômico materno. A forma com que a mãe olha, toca, fala com seu bebê e seu afeto durante a interação se correlacionou com o maior engajamento para faces independentemente da emoção expressa. A Il- 6 esteve correlacionada negativamente com o comportamento materno sensível e positivamente com o tempo de reação na tarefa de processamento cognitivo. Os níveis periféricos de Il-6 e o comportamento materno diferiram conforme o nível socioeconômico materno, sendo que um nível socioeconômico mais baixo apresentou níveis mais elevados de Il-6 e menos comportamento materno sensível. 6 Esta tese reforça a ideia de que múltiplos fatores, como o processamento cognitivo, inflamação e nível socioeconômico influenciam a delicada relação mãe-bebê desde o pós-parto, e podem ser marcadores da vulnerabilidade dessa relação, ou de um comportamento materno menos sensível. |