Tessituras urbanas : informação e imaginários na construção da cidadania a partir das intervenções artivistas do coletivo mulherio urbano na cidade de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Casali, Annie
Orientador(a): Morigi, Valdir Jose
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/259374
Resumo: Esta pesquisa entende a informação como componente social, e parte do enfoque interdisciplinar dos conceitos que permeiam seus eixos temáticos, pelas interlocuções entre: informação, cidade, imaginários, arte, mulheres e cidadania. Buscando compreender as relações das mulheres com a cidade, elejo como objeto de pesquisa o coletivo artivista Mulherio urbano de Porto Alegre/RS. Como corpus de análise, foram escolhidas quatro imagens - duas instaladas fisicamente na cidade de Porto Alegre, no bairro Cidade Baixa e outras duas em formato digital, a partir da rede social Instagram do coletivo, em recorte temporal de Novembro de 2019 a Maio de 2021, devido a pandemia de COVID-19. Como instrumento para a coleta de dados, foi aplicado questionário com questões fechadas, para as integrantes do coletivo em estudo, com o qual foi possível identificar as artivistas e suas narrativas. Visto que se buscou as subjetividades que compõem as vozes da cidade, investiga-se os imaginários pela perspectiva cidadã utilizando o método da análise de conteúdo para elaborar inferências a respeito de nosso corpus de pesquisa em interlocução com as fontes oficiais de informação. Durante a análise, as temáticas reincidentes foram: mulheres, mulheres negras, cidade, assédio, racismo, corpos e pandemia. Ao passo que estas informações nos levaram a considerar as contra narrativas presentes nas criações das artivistas em consonância às iniciativas de enfrentamento à violência contra a mulher. Constata que a comunicação das artivistas alterou-se e, na busca por manter sua atividade urbana, as autoras transformaram a forma de criação e produção dos lambe-lambes. Essas modificações podem ser vistas nos fluxos informacionais do coletivo, nos impactos das produções e na apresentação de formas de resistência como o ativismo urbano digital. Suscita o olhar social da Ciência da informação para os fenômenos artísticos urbanos, como marcos sociais de diferentes regimes de informação que são produzidos, protagonizados e comunicados por atores sociais plurais que se apropriam do espaço pelas diferentes polifonias urbanas. Compreende que a cidade é composta de redes que se tramam, entrelaçam e colidem através de tessituras urbanas que constituem o imaginário acerca dela. Conclui que as temáticas dos lambe-lambes do coletivo Mulherio urbano agem para estreitar essa relação, estimulando debates interdisciplinares fundamentais para a construção da cidadania por meio de suas ações informacionais.