O debate sobre direitos reprodutivos no mulherio (1981-1988): a luta das mulheres por políticas de planejamento familiar e pela legalização do aborto no contexto da transição democrática brasileira.
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/36700 |
Resumo: | O tema desta dissertação de mestrado é a luta das mulheres por direitos reprodutivos no Brasil ao longo da década de 1980, momento em que ocorreu a chamada transição democrática. O objetivo é estudar a forma com que as feministas do jornal Mulherio (1981-1988) promoveram o debate de pautas historicamente ligadas à luta por direitos reprodutivos. O recorte temporal da pesquisa corresponde ao período de duração do jornal, de 1981 a 1988. No decorrer do processo de pesquisa, analisamos a inserção desta produção na trajetória da imprensa feminista brasileira produzida nas últimas décadas do século XX. Pudemos compreender, assim, o tipo de feminismo defendido pelas mulheres que escreviam nessa publicação, os temas abordados em suas páginas e a complexa relação estabelecida entre ela e os seus financiadores, em particular, com a Fundação Ford (FF). Através de dados elaborados a partir de nossas análises, estudamos, também, a presença de temáticas associadas à reprodução nas edições do jornal, destacando as pautas mais abordadas e a posição social das autoras das matérias. A análise nos permitiu identificar as limitações de uma perspectiva etnico-racial e classista nas matérias produzidas. Por fim, analisamos, particularmente, a abordagem feita pelo Mulherio da luta por políticas de planejamento familiar e pela legalização do aborto. Tal feito nos permitiu resgatar o protagonismo das mulheres no contexto da redemocratização, dando destaque às tensões no interior do movimento feminista brasileiro. Além disso, pudemos mostrar que as pautas feministas também compunham os diferentes projetos de democratização social que dividiam o cenário naquele momento da história do Brasil. A metodologia utilizada na pesquisa foi a da análise de jornais e o nosso embasamento teórico se fundamenta em autoras como como Angela Davis (2016), Nancy Fraser (2009), Silvia Federici (2017, 2019) e Bárbara Machado (2020). À sua maneira, elas dialogam com a tradição marxista e compreendem de forma relacional e não hierarquizada as dinâmicas entre gênero, raça e classe. |