Navegando na leitura, entre o mundo e a palavra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cyrino, Lucas Antônio de Carvalho
Orientador(a): Zilberman, Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/184934
Resumo: Esta pesquisa propõe uma leitura a partir do comportamento do leitor e suas rela-ções com o ato de ler, no sentido de reconhecer os efeitos que este provoca no de-senvolvimento da sua consciência. Para tanto, estabelecemos uma analogia entre os elementos que integram o ato da leitura e instrumentos de navegação, partindo do pressuposto lúdico de que, quando lendo, o leitor empreende uma viagem que atraca diretamente na transformação de si e da sua percepção sobre o seu entorno. Assim, esta dissertação está organizada em quatro etapas: i. mapeamento do com-portamento de leitores e leitoras no país, tendo como base os levantamentos da pesquisa Retratos da leitura no Brasil (2008, 2012, 2016); ii. expansão do conceito de leitura a partir do pensamento de Paulo Freire (1983), de que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra, o que nos faz pensar que a leitura envolve uma multivariedade de sentidos e sensações; iii. análise dos efeitos que a leitura como ato comunicativo, especialmente a leitura da literatura, provocam à consciência do leitor, buscando amadurecê-la constantemente rumo à compreensão da sua exis-tência, a partir do pensamento de Walter Benjamin (1992), Wolfgang Iser (1996a, 1996b, 1999) e Georges Gusdorf (1960); e iv. observação de como se dá a relação do leitor com os diferentes suportes em que realiza a leitura (ou nos quais navega), da leitura do mundo – apoiada na voz e no corpo, consoante aos estudos de Émile Benveniste (1991) e Alckmar Santos (2016) – e do livro, do impresso ao digital – apoiada especialmente em Roger Chartier (1999, 2017) e Regina Zilberman (2001). O produto final desse trabalho pode ser sintetizado como a defesa de um processo que busque não a formação de leitores, mas o desenvolvimento de suas consciên-cias, pautado especialmente no reconhecimento de seu comportamento livre e autô-nomo na cartografia da leitura.