Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Priscyla Bones |
Orientador(a): |
Manfroi, Waldomiro Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/35045
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: As doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte no Brasil, e a região Sul apresenta a maior proporção de óbitos por esta causa de morte. A adolescência é a fase em que o padrão de estilo de vida se encontra em estruturação, repercutindo no risco do desenvolvimento das doenças cardiovasculares na vida adulta. Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, o consumo alimentar é considerado um forte preditor de risco. O conhecimento sobre as recomendações dietéticas é considerado um preditor significativo da mudança do comportamento alimentar. OBJETIVOS: verificar a presença de fatores de risco cardiovascular e o nível de conhecimento nutricional em adolescentes do ensino médio de escolas públicas estaduais de Porto Alegre/RS, descrever as características sóciodemográficas dos participantes do estudo, identificar fatores condicionantes socioeconômicos e ambientais para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares e avaliar a prevalência de pré-hipertensão e hipertensão. MÉTODOS: foram avaliados os seguintes fatores de risco cardiovascular: fumo, excesso de peso, adiposidade abdominal, pressão arterial, nível de atividade física e hábito alimentar. Para a avaliação do conhecimento nutricional, foi desenvolvido um questionário baseado no Guia Alimentar da População Brasileira, sendo o conhecimento classificado como alto ou baixo. RESULTADOS: Foram avaliados 763 alunos com idade média de 16,5 anos (±1,2), sendo a maioria solteiros (98%) e 56,5% do sexo feminino. Aproximadamente 70% referiram ser brancos. Mais da metade encontra-se na classe econômica B. As mães com escolaridade >8 anos representam 59% e entre os pais esse valor cai para 52,8%. Menos de 1% foram classificados como desnutridos e 26,7% como excesso de peso, sendo 17,8% sobrepeso e 8,9% obesidade. A adiposidade abdominal foi encontrada em 13,7% dos estudados. A prevalência de pré-hipertensão e hipertensão foi de 4,7% e 17,6%, sendo significativamente maior entre os meninos. O fumo foi referido por 8,5%. Cerca de 30% apresentaram baixo nível de atividade física, sendo os meninos significativamente mais ativos. Em torno de 16% apresentaram consumo alimentar elevado e 46% excessivo de alimentos considerados marcadores de risco cardiovascular. A regressão de Poisson revelou que a prevalência de hipertensão esteve fortemente associada ao sexo, ao excesso de peso e à idade. O questionário de conhecimento desenvolvido apresenta validade interna e verificou que mais de 80% dos adolescentes apresentaram alto nível de conhecimento. Níveis mais elevados de conhecimento foram verificados entre os que cursavam as séries finais do ensino médio e entre os que apresentavam menor consumo de alimentos considerados preditores potenciais das doenças coronarianas. O gosto do alimento foi considerado o determinante mais importante da escolha alimentar. CONCLUSÕES: A identificação precoce da exposição a fatores de risco cardiovascular na população jovem é fundamental para a elaboração de estratégias de prevenção. Modificações de estilo de vida que reduzam a exposição a fatores de risco, incentivem a prática de atividade física, promovam hábitos alimentares saudáveis e, consequentemente ocasione a redução de peso, são alternativas de alcançar a redução dos níveis pressóricos. Como o comportamento alimentar impacta diretamente na saúde, torna-se necessário o desenvolvimento de estratégias de intervenção nutricional efetivas visando a mudança de práticas alimentares inadequadas e que propiciem qualidade de vida em longo prazo para essa população. |