Processos de subjetivação e trabalho nas histórias de vida de pessoas trans

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Marcos Braga de
Orientador(a): Lopes, Fernanda Tarabal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281247
Resumo: O presente estudo explora as trajetórias de Mar e Cecília, com foco nos processos de subjetivação que atravessam as vivências de pessoas trans, especialmente em rela- ção à cisnormatividade, à busca por aceitação no ambiente de trabalho e à percepção da identidade trans como um marcador central. As narrativas revelam como a pressão para a conformidade com normas cisgênero molda a subjetividade dessas pessoas, destacando as dificuldades que enfrentam para se integrarem a uma sociedade que privilegia a identidade de gênero atribuída no nascimento. No contexto profissional, emergem também as formas de marginalização enfrentadas, até mesmo em empresas que aparentam valorizar a diversidade, expondo uma hierarquização das identidades LGBTQIAPN+. A identidade trans, por vezes, se sobrepõe às realizações profissionais, impactando diretamente as trajetórias e o bem-estar de Mar e Cecília no trabalho. Essas experiências demonstram como as dinâmicas sociais e organizacionais moldam as subjetividades e influenciam as identidades de gênero e a sexualidade em diversos âmbitos da vida. Inseridas em uma sociedade marcada por normas de gênero, as organizações desempenham papel na legitimação ou na reprodução dessas normas, afetando a experiência de pessoas trans no ambiente de trabalho. Como proposta conclusiva, este trabalho apresenta uma figura esquemática que ilustra a dinâmica de negociação entre identidades individuais e normas sociais, sugerindo que as organizações podem atuar tanto como facilitadoras quanto como obstáculos à inclusão de pessoas trans. Embora o estudo não tenha a intenção de generalizar, ele oferece uma contribuição para o entendimento dessas dinâmicas e destaca a importância de novas pesquisas nesse campo.