Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Jesus, Francielli Pantella Kunz de |
Orientador(a): |
Ferreiro, Laerte |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/116162
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Resumo: |
Pythium insidiosum é o oomiceto causador da pitiose uma doença de caráter crônico de difícil tratamento que acomete humanos e animais. Este microrganismo aquático semelhante aos fungos possui características distintas de parede celular e ausência de ergosterol na membrana celular, particularidades estas que dificultam o tratamento da doença com antifúngicos tradicionais. O presente estudo teve por objetivos: avaliar as interações sinérgicas das associações de antibacterianos, antifúngicos e compostos fenólicos sobre P. insidiosum; comparar, in vivo e in vitro, a monoterapia e combinação de azitromicina, claritromicina, minociclina e tigeciclina em coelhos com pitiose experimental. Para os testes in vitro de microdiluição em caldo foram utilizados 30 isolados de P. insidiosum, conforme o protocolo de M38-A2 do CLSI. Para os testes in vivo, os animais foram distribuídos nos grupos: Infectados com zoósporos de P. insidiosum, tratados com placebo (Controle positivo, n=6) e não infectados tratados com placebo (controle negativo, n=5), tratados com azitromicina; claritromicina; minociclina; e tigeciclina (n=6); e com as combinações minociclina com azitromicina; minociclina com claritromicina; minociclina com tigeciclina (n=6). Amostras de sangue, medidas da área da lesão, e tecidos foram coletados para análise antes, durante e ao término do tratamento. Índices mais elevados de sinergismo foram obtidos com a associação de claritromicina com micafungina (73,33%); minociclina com claritromicina ou azitromicina (93,33%); itraconazol com os compostos fenólicos timol ou carvacrol (96,60%) e minocilina com claritromicina, azitromicina (93,33%) ou tigeciclina (86,67%). Interações antagônicas das associações de timol ou carvacrol com antibacterianos ou antifúngicos, e antibiótico com antibiótico, não foram observadas. Porém nas associações de antibacterianos com antifúngicos os percentuais mais altos foram vistos em claritromicina ou azitromicina com itraconazol (6,67%) e minociclina com caspofungina (6,67%). A completa regressão da pitiose foi comprovada pela queda nos níveis de anticorpos, regressão das lesões e negatividade nos testes de detecção de hifas em tecido: PCR, histopatologia e isolamento. Nos tratamentos in vivo todos os grupos diferiram do controle positivo. Cura clínica e completa regressão da lesão foram obtidos nos tratamentos com azitromicina (n=5∕6), minociclina (n=1∕6), azitromicina com minociclina (n=4∕6), minociclina com claritromicicna (n=1∕6) e minociclina com tigeciclina (n=1∕6). A comparação in vitro das associações de minociclina com azitromicina ou claritromicina (93,33%), e tigeciclina (86,67) revelou percentuais de sinergismo elevados, no entanto a correlação destes dados com o in vivo demonstra o cuidado na escolha da associação, pois claritromicina (93,33%) e tigeciclina (86,67%) mesmo apresentando altos índices de sinergismo com minociclina nos testes in vivo tiveram um baixo percentual de regressão das lesões (16,66%). Além disso, os tecidos coletados submetidos à análise molecular e histopatológica revelaram que a tigeciclina mesmo em associação com minociclina não foi capaz de conter a metástase da pitiose para os pulmões. A azitromicina em monoterapia demonstrou ser a melhor terapia para a regressão completa das lesões causadas pela pitiose. |