Avaliação in vitro de fármacos antifúngicos contra Pythium insidiosum e Pythium periculosum isolados de ceratite em humanos
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina Tropical UFMG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/1843/76588 |
Resumo: | Pythium insidiosum e Pythium periculosum são oomicetos pertencentes ao filo Straminopila e família Pythiaceae. São os agentes etiológicos da pitiose em mamíferos e podem causar ceratites progressivas graves que ameaçam a visão, o globo ocular e regiões adjacentes. Clinicamente, microbiologicamente e fenotipicamente, assemelham-se muito às ceratites fúngicas; sendo, portanto, conhecidos como microrganismos “parafungos”. Devido à ausência de protocolos para tratamento da pitose ocular, ao baixo número de estudos em drogas antifúngicas e à pequena taxa de sucesso em tratamentos medicamentosos, esse estudo se propôs avaliar a ação antifúngica in vitro. As drogas – anfotericina B, fluconazol, cetoconazol, itraconazol e posaconazol – foram testadas em um total de dez amostras, a saber: P. insidiosum (seis amostras) e P. periculosum (quatro amostras) isoladas de casos de ceratites. Todas as amostras já tinham sido previamente identificadas por PCR, sequenciamento de DNA e análises filogenéticas. Foram utilizados zoosporos, obtidos por zoosporogênese a partir de colônia obtida de um único zoosporo, garantindo homogeneidade da amostra. E realizados E-tests® com leitura posterior da Concentração Inibitória Mínima (MIC, medida em μg/mL). Os resultados obtidos foram uma suscetibilidade de 100% em todas as concentrações de MIC para a anfotericina B. In vitro, os microrganismos não se mostraram susceptíveis a nenhuma das demais drogas estudadas. Baseado nesses resultados, a anfotericina B, medicação já utilizada em tratamentos de ceratites, se torna, então, uma opção viável de tratamento para casos de ceratites por P. insidiosum e P. periculosum. No entanto, faz-se necessário um estudo mais aprofundado da ação da droga in vivo para maior elucidação e definição de protocolos definitivos para tratamento das ceratites causadas por esses oomicetos patogênicos. |