Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Mayer, Valéria Neves Kroeff |
Orientador(a): |
Barbosa, Maria Carmen Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/15525
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Resumo: |
Nos dias atuais, uma atenção que não seja seletiva, focal, sustentada e voluntária é tratada como desatenção. Neste contexto, a hipercinesia do corpo é entendida, muitas vezes, como um sintoma passível de medicalização. Mas existe uma relação direta entre a quietude do corpo e o estar atento do sujeito? Na busca por respostas para este e outros questionamentos, foi realizada uma pesquisa de campo onde se observou a dinâmica de um grupo de crianças no ambiente escolar, nos seus dois primeiros anos do Ensino Fundamental de nove anos. O material empírico compôs-se de registros realizados durante os anos de 2006 e 2007, através de caderno de campo, fotografias, filmagens, entrevistas semi-estruturadas com pais, educadores e crianças, bem como análise de documentos escolares, a fim de poder relacionar dinâmica corporal e o funcionamento da atenção de um grupo de crianças em diferentes atividades. A análise dos dados foi realizada apoiada na perspectiva teóricometodológica proposta pela Rede de Significações - RedSig (2004) e a mulher rendeira, suas almofadas, alfinetes, linhas e bilros foram as metáforas usadas para descrever o percurso metodológico. Assim sendo, foi na relação entre “pesquisadora-rendeira” e seus bilros (crianças, educadoras, pais e contextos) que esta pesquisa aconteceu, ou numa outra escrita, se fizeram os fios para a tecitura desta renda de bilros. Buscou-se assim, com os fios encontrados, tecer por meio destes corpos/ sujeitos e que agora se fazem bilro, uma renda de relações que possibilitasse um outro olhar sobre o corpo e sua motricidade no estar atento da criança em diferentes atividades. Esta pesquisa aponta para o fato de que “atenção” é uma palavra com muitos significados e também que o que se entende por atenção, pode ser diferente do que se percebe no sujeito atento. E propõe também a existência de duas manifestações involuntárias na dinâmica do corpo, que podem sugerir um estar atento à tarefa ou situação, são elas: o tônus atencional e as sincinesias. Lembramos, no entanto, que estas (in)conclusões surgiram à partir da convivência com muitos sujeitos, em diferentes contextos. E também, que o que se fez aqui não foi uma correlação direta entre símbolo e significado, pois acreditamos que o linguajar do corpo se faz na relação com o outro. |