Avaliação da efetividade da escetamina subcutânea para o tratamento da anedonia em pacientes com episódio depressivo resistente ao tratamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Delfino, Rodrigo Simonini [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=11056687
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/68182
Resumo: A anedonia é um sintoma associado a piores desfechos no tratamento da depressão, incluindo maior resistência ao tratamento, maior impacto funcional e taxas maiores de suicidalidade. Poucas intervenções se têm mostrado eficazes para o tratamento da anedonia, tanto na depressão unipolar quanto na depressão bipolar. A cetamina, um antagonista NMDA, teve sua eficácia demonstrada na melhora rápida da anedonia em episódios depressivos agudos. O principal objetivo do presente estudo é avaliar o efeito antianedônico da escetamina, o enantiômero S da cetamina – recentemente aprovada para depressão resistente ao tratamento – em episódios depressivos agudos em indivíduos com depressão maior ou depressão bipolar resistentes ao tratamento. Métodos: Em um estudo de mundo real, aberto 70 pacientes com episódio depressivo agudo (unipolar ou bipolar) foram tratados com 6 infusões semanais de escetamina subcutânea (0,5-1mg/kg). A anedonia foi medida por meio do item 8 da escala MADRS antes e 24h após cada infusão. Resultados: Foi observada redução significativa da gravidade da anedonia (p <0,0001) após 6 infusões de escetamina. O efeito já se mostrou estatisticamente significativo 24h após a primeira infusão (p <0,001) em ambos os grupos unipolar e bipolar e se manteve clinicamente e estatisticamente significativo ao longo de toda a série de infusões subcutâneas. O efeito antianedônico da escetamina não diferiu entre os grupos. A escetamina apresentou um bom perfil de tolerabilidade e segurança, com efeitos adversos transitórios de intensidade baixa a moderada. Não foi registrado evento adverso sério durante o estudo. Limitações: Este é um estudo aberto, de mundo real. A falta de cegamento e de grupo controle limita a interpretação e generalização dos resultados. Conclusão: Embora preliminares, os presentes achados sugerem que infusões repetidas de escetamina subcutânea são efetivas para o tratamento da anedonia em pacientes com depressão unipolar e bipolar. Esses resultados precisam ser confirmados por meio de replicação em ensaios clínicos duplocegos, randomizados e controlados.