Conhecimentos e atitudes dos agentes comunitários de saúde sobre uso correto e racional de medicamentos na sua prática profissional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Scalco, Thaís
Orientador(a): Amador, Tania Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/236022
Resumo: Introdução: A promoção do uso racional de medicamentos (URM) é um desafio do Sistema Único de Saúde (SUS) e uma das diretrizes da Política Nacional de Medicamentos (PNM). A atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) é fundamental e estratégica para minimizar os riscos do uso inadequado de medicamentos. Os ACS entram nas casas, verificam as condições dos medicamentos, oferecem suporte para as equipes de saúde na identificação de possíveis e reais problemas relacionados ao uso de medicamentos. Nesse contexto, a participação do farmacêutico na Estratégia de Saúde da Família (ESF) é fundamental na promoção do URM por meio da orientação dos usuários e na educação permanente das equipes, inclusive dos ACS. É necessário reconhecer a importância dos ACS na atenção à saúde, identificar as suas fragilidades e potencialidades para que possam contribuir com a promoção do URM. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever os conhecimentos e atitudes dos ACS acerca da orientação sobre o uso correto e racional de medicamentos nas comunidades. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, quantitativo e descritivo, por meio de aplicação de dois questionários aos ACS do município de Marau, Rio Grande do Sul (RS). O primeiro visou a identificação da formação e informação sobre medicamentos que os ACS possuíam, além das suas atitudes frente as situações envolvendo o uso de medicamentos, e o segundo buscou avaliar os conhecimentos dos ACS sobre o uso correto e racional de medicamentos. Foram pesquisados 51 ACS, durante os meses de outubro e novembro de 2020. Resultados: A totalidade dos ACS investigados eram do sexo feminino (100,0%), 41,18% eram adultos jovens, tinham entre 30 e 40 anos, com média de idade de 39,01 ± 10,07 anos. A maioria possuía ensino médio completo (94,12%) e tinham acima de 3 anos de atuação (58,83%). Em relação à formação e informação sobre medicamentos, apesar de 47,06% das ACS investigadas já terem realizado algum curso relacionado à utilização de medicamentos, 98,04% sentem necessidade de formação e 74,51% admitem não ter conhecimentos suficientes para dar informações aos usuários sobre os medicamentos. A principal fonte de informação utilizada pelas ACS são as bulas (84,31%) e os enfermeiros são os profissionais de referência para solucionarem problemas (96,08%) e esclarecerem as dúvidas (74,51%) das ACS sobre a farmacoterapia dos usuários. Os idosos (96,08%) são os usuários que mais solicitam informações sobre os medicamentos. As informações mais solicitadas pelos usuários são a indicação terapêutica (72,55%), a frequência/ horário de administração (54,90%) e a duração/período do tratamento (49,02%) dos medicamentos. Já as principais possíveis situações de risco identificadas pelas ACS foi a automedicação (88,24%), o horário de administração inadequado (70,59%) e a utilização da dose diferente da prescrita (66,67%). Dentre as ACS, 96,08% consideram importante a orientação das famílias sobre os medicamentos, mas 80,39% afirmam que precisam de capacitação contínua para realizar essa atividade. A média de acerto das ACS no instrumento de avaliação dos conhecimentos sobre medicamentos foi de 8,57 ± 1,62 questões, o que demonstrou um elevado nível de desempenho. Conclusão: É evidente a necessidade de inserir o farmacêutico e demais profissionais da saúde, no desenvolvimento de programas de educação permanente para as ACS, a fim de que esses profissionais desenvolvam competências e tenham segurança em atuar na promoção do URM nas comunidades.