Longevidade de restaurações adesivas após a remoção total ou parcial de tecido cariado : estudo retrospectivo em dentes permanentes jovens da clínica da graduação e do curso de especialização em odontopediatria da FO-UFRGS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Tejeda Seminario, Alejandra
Orientador(a): Araujo, Fernando Borba de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/128191
Resumo: Objetivo: Avaliar a longevidade e os possíveis fatores associados com as falhas de procedimentos restauradores adesivos diretos realizados em molares permanentes jovens portadores de lesões cariosas ativas profundas em dentina submetidos a remoção parcial (RPTC) ou total (RTTC) de tecido cariado. Métodos: A amostra de tipo censo foi composta por restaurações adesivas realizadas em molares permanentes jovens portadores de lesões cariosas ativas profundas em dentina submetidos à RPTC ou RTTC por alunos dos Cursos de Graduação e de Especialização em Odontopediatria da FO-UFRGS, Porto Alegre - RS. Foram avaliados possíveis fatores associados à sobrevida destas restaurações, tais como experiência de cárie (CPOD), índices de placa visível (IPV) e sangramento gengival (ISG), número de superfícies restauradas, nível de formação académica dos operadores e materiais capeadores e restauradores. Foi utilizada uma Curva de Sobrevida de Kaplan-Meier com teste de log-rank para analisar a longevidade das restaurações, e a Análise de regressão multivariada de Cox com fragilidade compartilhada para avaliar os fatores associados a falhas (p <0,05). Resultados: De 372 fichas clínicas, foram incluídos para análise 477 procedimentos restauradores adesivos realizados em 297 pacientes (9.14 1.75 anos). A sobrevida das restaurações alcançou um índice de 57,9% em até 36 meses de acompanhamento, com uma taxa de falha anual (TFA) de 16,7%. Não houve diferença estatisticamente significativa quando a RTTC ou a RPTC foi realizada (p = 0,163). O modelo ajustado mostrou que os pacientes com gengivite (ISG> 20%) apresentaram 2,88 vezes mais risco de falha em suas restaurações (p = 0,007). Restaurações com mais de duas superfícies envolvidas apresentaram 3 vezes mais risco de falha do que aquelas com uma única superfície, enquanto que as restaurações realizadas com cimento ionómero de vidro modificado por resina (CIVRM) apresentaram 4,11 vezes mais chance de falha do que as realizadas com resina composta (RC). Conclusão: O tipo de material restaurador, o número de superfícies restauradas e índice de sangramento gengival influenciaram na taxa de sobrevida das restaurações realizadas em lesões de cárie profunda em dentes permanentes jovens, independentemente da técnica de remoção de cárie utilizada. A falha restauradora, a qual foi determinada por uma subsequente anotação na ficha clínica de perda ou fratura da restauração, foi a principal causa de insucesso nos procedimentos restauradores adesivos, independentemente de ser removido ou não totalmente o tecido cariado.