Longevidade de restaurações primárias e reparos realizados em dentes decíduos : um estudo retrospectivo de base universitária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ruiz, Luciana Fantinel
Orientador(a): Casagrande, Luciano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179717
Resumo: Objetivo Investigar os fatores associados com a falha de restaurações em dentes decíduos e se o reparo pode aumentar a sobrevida de restaurações defeituosas realizadas em crianças com alto risco de cárie. Materiais e métodos A amostra incluiu crianças atendidas em um serviço de atendimento odontológico universitário que necessitavam realizar tratamentos restauradores em dentes decíduos. A coleta de dados se deu de modo retrospectivo a partir de informações coletadas em prontuários clínicos. Informações no nível individual (sexo, idade, IPV, ISG, ceo-d, perfil de cárie) e de tratamento (tipo dental, número de superfícies, tipo de material, tratamento endodôntico), bem como as datas dos procedimentos e da última consulta, foram coletados para análise da longevidade das restaurações e fatores associados à falha. Os resultados foram avaliados em dois níveis: “Sucesso” (Nível 1) – quando qualquer intervenção na restauração foi considerada como falha; “Sobrevida” (Nível 2) – quando restaurações reparadas foram consideradas clinicamente aceitáveis. O teste de sobrevida de Kaplan-Meier foi usado para analisar a longevidade das restaurações. A Regressão Multivariada de Cox com fragilidade compartilhada foi usada para avaliar fatores associados às falha (p<0.05). Resultados Um total de 584 restaurações realizadas em dentes decíduos foram incluídas na análise. A sobrevida de restaurações após 36 meses, quando qualquer intervenção foi considerada falha, foi de 34.8% (TFA 29,6%). Quando o reparo não foi considerado falha, essa sobrevida chegou a 43.7% (TFA 24.1%). Houve um aumento estatisticamente significativo na longevidade das restaurações quando o reparo não foi considerado como falha (p<0.001). Restaurações que envolviam múltiplas faces apresentaram significativamente mais falhas que restaurações que envolviam apenas uma face (HR 1.69, 95 % CI 1.18; 2.41), e dentes tratados endodonticamente apresentaram mais falhas comparados aos dentes vitais (HR 2.22, 95 % CI 1.35; 3.65). Conclusão De modo geral, os resultados do presente estudo mostraram a limitada sobrevida das restaurações em uma população com alto risco de cárie. O reparo aumentou a sobrevida de restaurações primárias defeituosas em dentes decíduos. Relevância Clínica O reparo é um tratamento restaurador menos invasivo e tecnicamente mais simples que aumenta a longevidade de restaurações em dentes decíduos.