Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Borsatto, Taciane |
Orientador(a): |
Schwartz, Ida Vanessa Doederlein,
Blom, Henk J. |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/193645
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Resumo: |
A deficiência de biotinidase (DB) é uma doença autossômica recessiva na qual estão prejudicadas a obtenção da vitamina biotina a partir da dieta e a reciclagem da mesma, levando à deficiência de carboxilases dependentes de biotina. As manifestações clínicas incluem problemas neuropsicomotores, dermatológicos e metabólicos. O diagnóstico da DB pode ser feito a partir de triagem neonatal, sendo que a confirmação é dada pela medida da atividade da biotinidase sérica. A DB pode ser total (atividade da biotinidase <10%) ou parcial (atividade da biotinidase entre 10-30%). O gene que codifica a biotinidase, BTD, é composto por 44kb, e alguns genótipos específicos foram associados com determinados fenótipos bioquímicos (ou classes enzimáticas: DB total, DB parcial, heterozigoto, normal). Entretanto, podem ser verificadas discordâncias entre o fenótipo esperado de acordo com o genótipo e o fenótipo de fato observado. Além disso, há controvérsias em relação aos benefícios da triagem e tratamento preventivo da forma parcial da deficiência. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo estudar a associação entre genótipo e fenótipo na DB. Métodos: Etapa 1) Sequenciamento do gene BTD (região promotora, 5’UTR, éxons 1 a 4 e avaliação de fatores não genéticos relacionados à atividade da biotinidase em 72 indivíduos com atividade reduzida da biotinidase. Etapa 2) Estudo funcional de variantes gênicas descritas pela primeira vez por Borsatto et al. (2014, 2017) (c.119T>C, c.479G>A, c.664G>A, e c.1337T>C e c.1466A>G) e da variante mais comum na DB (c.1330G>C). Etapa 3) Avaliação de metabólitos (ácidos graxos, aminoácidos, colesterol total, triglicerídeos, glicose e insulina) em plasma de 14 pacientes com DB parcial e de 19 controles, na busca de evidências que reforçariam a indicação de tratamento na DB parcial. Resultados: Etapa 1) Foram identificadas três variantes novas (c.1337T>C, c.1466A>G e c.962G>A). A concordância entre o fenótipo bioquímico esperado (conforme genótipo) e o observado ocorreu em aproximadamente 70% dos casos. As variantes encontradas na região promotora (c.-514C>T, c.-315A>G e c.-183G>A), icterícia neonatal, prematuridade e transporte da amostra de plasma parecem não ter sido as principais causas das discordâncias entre fenótipo esperado e fenótipo observado. A atividade da biotinidase pode aumentar entre a primeira e 12 segunda coleta (período neonatal). A inconsistência na associação genótipo-fenótipo bioquímico reforça a orientação de que a DB deve ser diagnosticada com base na medida da atividade da biotinidase. A análise genética tem utilidade principalmente na diferenciação entre DB parcial e heterozigose. Etapa 2) Os resultados sugerem que as variantes novas c.119T>C, c.479G>A e c.1337T>C são deletérias, e que as variantes c.664G>A, c.1466A>G e c.1330G>C não são deletérias. Apesar disso, a variante c.1466A>G pode estar associada a DB parcial e o mecanismo de patogenicidade da c.1330G>C pode estar relacionado à instabilidade da enzima. Etapa 3) Dentre os analitos pesquisados, não foram identificadas alterações metabólicas em indivíduos com DB parcial e, portanto, o estudo falhou em mostrar evidências que reforcem o caráter patogênico da DB parcial. |