Estudos de correlação genótipo-fenótipo em pacientes com a síndrome de Hipotonia Infantil com Retardo Psicomotor e Fácies Características 3 (IHPRF3)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Alvarenga, Gabriela Koch
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41136/tde-20052021-102922/
Resumo: Mutações de perda de função em homozigose ou em heterozigose composta distribuídas em diferentes regiões do gene TBCK (TBC1 Domain Containing Kinase) resultam em uma desordem do neurodesenvolvimento de herança autossômica recessiva denominada como Hipotonia Infantil com Retardo Psicomotor e Fácies Características 3 (IHPRF3; OMIM 616900). Esta síndrome apresenta início dos sintomas ao nascimento ou no início da infância; a deficiência no desenvolvimento global, deficiência intelectual, hipotonia e algumas características dismórficas são os sintomas mais prevalentes. Apesar disso, os pacientes com IHPRF3 apresentam fenótipo bastante variável, não apresentando um Gestalt consistente e característico da desordem. Atualmente, se desconhece a correlação entre o genótipo e fenótipo na IHPRF3, cujo conhecimento pode contribuir para a elucidação dos mecanismos moleculares associados à doença bem como para melhor compreender o prognóstico da síndrome. Portanto, o presente estudo revisou a literatura referente a 37 casos de IHPRF3 reportados previamente, somados a 2 casos de pacientes brasileiras avaliados pelo Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Células Tronco (CEGH-CEL). O conjunto fenotípico de 42 características presentes na casuística foi correlacionado com as diferentes alterações genotípicas localizados em duas regiões distintas de TBCK (domínio Quinase e Não Quinase). Observou-se a existência de uma correlação entre pacientes com mutações localizadas no domínio Quinase do gene TBCK e as características hipotonia grave (p=0,012) e macroglossia (p=0,000). Além disto, observamos que algumas comorbidades estão sendo avaliadas na síndrome (ex: hipertrigliceridemia, osteoporose, hipotireoidismo, bexiga neurogênica, autismo, puberdade precoce e insuficiência adrenal) de maneira heterogênea, e dados relativos destas alterações clínicas ou laboratoriais só são referidos em alguns estudos. Assim sendo, é de grande valia o estabelecimento de um questionário padronizado para a avaliação da síndrome IHPRF3, de forma a proporcionar melhor caracterização clínica da doença e sua progressão. Estes conhecimentos são importantes para beneficiar os pacientes e suas famílias quanto ao melhor delineamento do prognóstico desta síndrome