Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Jonas |
Orientador(a): |
Grisci, Carmem Ligia Iochins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/70389
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Resumo: |
As transformações nas relações de trabalho a partir da década de 1970, no contexto das mudanças globais de cunho político e econômico, são inerentes às novas demandas requeridas pela reestruturação produtiva. A economia global se tornou refém dos movimentos de capitais e da rápida expansão da produção baseada em reengenharias, que tornaram a produção mais enxuta e aumentaram a produtividade. Os trabalhadores, por sua vez, precisaram se adaptar a estas mudanças, assumindo, cada vez mais, funções e competências. Os que não conseguiram, aumentaram o exército de reserva. Autores como Bauman (1999; 2001; 2008a; 2008b; 2010), Castells (1999; 2005; 2011), Dal Rosso (1998, 2006, 2008, 2009; 2011), Gorz (2005), Grisci (1999; 2000; 2008), Lazzarato e Negri (2001), Sennet (1999) e Virilio (1996; 1999) foram a base para entender a nova dinâmica que permeia o mundo do trabalho. Tendo como base tais autores, esta tese pesquisou em contexto de trabalho imaterial, tempo e estilos de vida, o uso da tecnologia da informação por professores de instituições de ensino superior privado na cidade de Porto Velho, no Estado de Rondônia. Para tal, utilizando-se dos caminhos oferecidos pela pesquisa qualitativa, foram feitas entrevistas semi-estruturadas, tomando como sujeitos da pesquisa, os docentes das instituições de ensino superior privado da cidade de Porto Velho. Os resultados, após análise do contexto brasileiro e do cabedal teórico, apontaram para o uso da tecnologia da informação como uma nova forma de vivência do tempo. Este uso de TI acontece independente da noção de tempos de trabalho e de não trabalho. Ademais, aponta para estilos de vida que dependem do uso da TI, que é embarcada em equipamentos sempre atualizados, adquiridos pelos docentes e utilizados tanto no tempo de trabalho como no tempo de não trabalho. Em contexto de trabalho imaterial, os estilos de vida configuram-se como uma imposição aos sujeitos, uma vez que são instrumentalizados pelos modos de trabalhar. O uso da informatização revela outras facetas do trabalho imaterial ao demandar que os sujeitos mobilizem seus conhecimentos, seus recursos e seu tempo pessoal no sentido de se apresentarem atualizados em relação às TIC’s. Os estilos de vida, desse modo, poderiam ser chamados estilos impostos de vida. Os estilos de trabalho produzem estilos de vida, o que reafirma a tese da centralidade do trabalho, e sugere que a vida está sendo convertida em trabalho nos dias de hoje, tanto pela intensificação do trabalho, como pelo alongamento da jornada. |