Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Biehl, Caroline |
Orientador(a): |
Grisci, Carmem Ligia Iochins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/183010
|
Resumo: |
Este estudo objetivou identificar, apresentar e analisar, à luz do trabalho imaterial, o trabalho e a estratégia de viver a vida de músico da cena autoral e independente na sociedade do hiperespetáculo. Sua base teórica foi fundamentada sob a noção de trabalho imaterial (GORZ, 2005; GRISCI, 2006; LAZZARATO; NEGRI, 2001), sociedade do espetáculo (DEBORD, 1997) e hiperespetáculo (LIPOVETSKY 2015), indústria musical e cena musical independente (GALLETA 2014; HERSCHMANN, 2012; MAUDONNET, 2015; NETO, 2015; FRANCIS, 2011; VIVEIRO; NAKANO, 2008), e estratégia existencial consumista (BAUMAN, 2008a; BAUMAN; RAUD, 2017). A pesquisa caracterizou-se como exploratória qualitativa e contou com a participação de quatorze músicos da cena autoral e independente que participaram, pelo menos, de um de dois coletivos de músicos da cena autoral e independente de Porto Alegre/RS e que estão ativos na cena. A coleta de dados se deu pela realização de um grupo focal com seis participantes de um dos coletivos mencionados e entrevistas semiestruturadas com outros oito músicos de ambos os coletivos. A análise de conteúdo seguiu orientações de Minayo (2001) e resultou três categorias de análise: (i) (auto)composição e trabalho imaterial: a difícil arte de ser músico da cena autoral e independente; (ii) música e cena autoral e independente; e (iii) estratégia de viver a vida em busca de afinação. O estudo permitiu mostrar o esforço em busca de afinação como estratégia de viver a vida de músico da cena autoral e independente. Algo que se dá em meio a tensão – consentir, resistir – no que diz respeito aos princípios e valores que circulam na cena independente cada vez mais dependente. A estratégia de viver a vida em busca de afinação explicita o debate entre a harmonia e a cacofonia, mostrando-se condizente com a estratégia existencial consumista (BAUMAN, 2008a; BAUMAND; RAUD, 2017). |